A chave de duplas do Australian Open foi sorteada (e pode ser conferida aqui). Complicado e imprevisível define, já que pela dança das cadeiras, o começo de ano traz muitas surpresas. Veja abaixo uma rápida análise das quatro partes da chave, com destaque nos brasileiros e nos meus favoritos. Pensou diferente? Deixe sua opinião na caixa de comentários.
Primeiro quarto da chave
Marcelo Melo e Ivan Dodig (seeds 10).
Marcelo teve um ótimo início de ano e, já com um título no bolso, deve jogar com a confiança elevada. Enfrentam Bracciali/Dlouhy na primeira rodada e podem encontrar com:
- Fyrstenberg/Matkowski, o Polish Power – oitavas de final.
A dupla polonesa, dona de 12 títulos e um vice campeonato no US Open, apresenta grande perigo. E bem, se a dupla tem algum apelido, tema. Tema muito.
Ps: E se você viu a final de mistas do US Open em que o Bruno ganhou, deve se lembrar do Matkowski, o ‘Wawrinka cheinho’, do outro lado da rede. Gosta e muito de aprontar. - Bryan/Bryan – quartas de final.
São os atuais vice campeões do torneio. Donos de 12 slams e mais de 80 títulos, o time número 1 do ranking dispensa apresentações e é a dupla a ser batida. Começaram o ano em um ritmo muito forte, com o título de Sydney já conquistado. É como Max Mirnyi diz: “se for para perder para alguém, que seja para os Bryan”.
Segundo quarto da chave
Max Mirnyi e Horia Tecau (seeds 4)
É a grande e agradável surpresa do momento. No primeiro torneio disputado, com chave fortíssima, foram vice, parando apenas nos Bryan. É, com certeza, uma das minhas apostas para uma semi-final e até mesmo uma final no Australian Open. Confiram o possível caminho que terão pela frente:
- Huey/Inglot – primeira rodada.
Essa dupla já me surpreendeu muitas vezes. Principalmente em Roland Garros no ano passado, contra o próprio Tecau (com Lindstedt). Jogaram em um nível absurdo. Dos dois eu não duvido nada e, portanto, vai ser uma caixinha de surpresas. - Bhupathi/Nestor – quartas de final.
Já se enfrentaram esse ano, com vitória de Mirnyi/Tecau 6/3 6/4. Mas é aquela coisa, nunca subestime Daniel Nestor. Ainda mais ao lado de um indiano. O que vi da dupla, gostei e muito. Precisam apenas acertar alguns detalhes de comunicação, o que é normal em novas parcerias. - Brunstrom/Nielsen – quartas de final.
Quem viu a final de Auckland do Bruno, viu o que a dupla nórdica pode aprontar. Dos dois, dou um destaque maior a Brunstrom, o típico sueco duplista com um bom arsenal de golpes pesados e imprevisíveis. Aí alguém pode me perguntar “Mas Aliny, o Nielsen não tinha dito que jogaria só simples esse ano?” Disse sim. Mas se o único título que você tem na carreira é Wimbledon, em duplas, acho que é um sinal, né? Fica que tem bolo, Nielsen.
Terceiro quarto da chave
Bruno Soares e Alexander Peya (seeds 9)
Cuidado que o bonde do Bruno não para.
Esse, para mim, é o quarto mais difícil da chave. Enfrentam uma pedreira de cara na primeira rodada, Melzer/Rochus (Philipp Petzschner, parceiro de Melzer, está machucado) e depois podem pegar:
- Bellucci/Paire – segunda rodada.
Sim, Thomaz Bellucci está jogando duplas com Benoit Paire. Não me perguntem o porquê disso, também não entendi (mas adorei). Wawrinka (parceiro de Paire) decidiu dedicar-se somente ao simples no torneio e Bellucci gosta de jogar duplas para melhorar jogo de rede e movimentação em quadra. Uniram o útil ao agradável. - Qureshi/Rojer – oitavas de final.
Sou muito fã do estilo de jogo dos dois e gostei muito dessa parceria em 2012. Só que o melhor piso dos dois, pelo menos no ano passado, foi o saibro, como por exemplo derrotando os Bryan em Madrid ou chegando na semifinal de Roland Garros. Em quadra dura ainda possuem algumas deficiências que estão sendo corrigidas. - Gonzalez/Lipsky, Butorac/Hanley, Fleming/Murray ou Granollers/Lopez – quartas de final.
Sim, todos esses times estão na mesma parte da chave. É um mini grupo da morte. Cheguei a ver uma partida de “Booty” e Hanley semana passada, e ainda estão naquela fase de se conhecer melhor em quadra. Então se eu pudesse escolher um time para Bruno e Alex enfrentar, seria esse. Mas provavelmente Granollers/Lopez avançam.
Quarta parte da chave
Robert Lindstedt e Nenad Zimonjic (seeds 7)
Quem me conhece sabe que eu poderia passar horas e horas falando de Robert Lindstedt, mas isso eu guardo pro twitter. #jabá
Enfim, essa dupla ainda não emplacou, mas promete e muito. Terão dois grandes desafios até as quartas de final:
- Llodra/Mahut – primeira rodada.
Digo isso por trocentos motivos. Zimonjic e Llodra se conhecem muito bem. E até agora, o francês está levando vantagem, com uma vitória (com Benneteau como parceiro) em Sydney, também na primeira rodada. Llodra e seu jogo de rede impecável sempre será um perigo. Veremos o que o especialista em voleio, ao lado do compatriota, aprontará. - Paes/Stepanek – quartas de final.
A dupla indo-tcheca, atual campeã do Australian Open, e sua química mágica me assusta. Qualidade absurda em quadra. É um dos melhores times para assistir e apreciar a beleza do jogo (só do jogo, dos jogadores não). Utilizam todos os artifícios possíveis e dão pouquíssimas brechas durante o jogo. Aliás, esses dois bonitos podem enfrentar André Sá e Jonathan Marray em uma possível oitavas de final. Complicado para o brasileiro e seu parceiro campeão de Wimbledon.
Compre muita pipoca, café e ajeite seu sofá que o Australian Open vai começar. Ready? Play.
Ansioso pra ver as novas duplas como Bupathi/Nestor e Mirnyi/Tecau. Só achei o sorteio meio cruel com as duplas dos cruzeirenses Bruno Soares e do Marcelo Melo. Mas gosto bastante das parcerias de ambos, principalmente do Melo com o Dodig
Não acompanho duplas tanto quanto simples, o que sei é de ouvir a Aliny e a Germana comentando no twitter!!
Adorei a ideia do blog… agora vou começar a acompanhar as dulpas!!
vamos ver o que eu consigo ver no AO!!
Parabéns Aliny…as duplas tbm merecem destaque!