Prometi que não discutiria ou daria minha opinião sobre o pessoal de simples jogar a chave de duplas, mas após discutir o assunto com um grupo de amigos em um fórum de duplas, resolvi dividir com vocês. De novo, é a minha opinião. O assunto é polêmico, eu entendo, por isso gostaria de saber o ponto de vista de vocês.

Todo ano, a chave de duplas de Indian Wells se enche de simplistas e a polêmica surge. Uma dupla formada por grandes nomes vence uma boa dupla fixa e vários dedos são apontados. Se eu acho bom um Roger Federer jogando duplas? Vejo mais pontos negativos do que positivos. Mas é bom lembrar que eu sempre tive uma natureza pessimista.

Vou pegar o Federer/Wawrinka x Bopanna/Qureshi como exemplo. Federer/Wawrinka possuem medalha de ouro olímpica em duplas e são ótimos na rede, não seria uma grande surpresa eles ganharem. A quadra 2 lotou e contou com os 8 mil assentos ocupados para assistir a partida. Quer dizer, para assistir Federer/Wawrinka. Nós sabemos muito bem que uma partida entre duplistas não daria um público de 8 mil pessoas.

“Mas isso não é bom? O estádio encheu e viu duplas! E teve transmissão da partida!” O problema é que isso não influencia em absolutamente nada nas duplas do dia-a-dia. Não muda em nada. Não atrairá um público maior, porque no fim do dia aquelas pessoas viram uma partida de Roger Federer e Stanislas Wawrinka. Não estão nem aí para Bopanna e Qureshi. Inclusive é aí que surgem os comentários ‘ah, esses duplistas não são de nada, os caras de simples vão lá e detonam esse pessoal’. Vira piada. Os grandes simplistas, com essas participações esporádicas, uma ou duas vezes por ano, não fazem efeito algum em público, prize money, transmissão ou qualquer outra coisa. E isso eu garanto, porque acontece todo santo ano e nada mudou até agora.

Esse conformismo que temos de que ‘ah, pelo menos o estádio encheu’ é o que trouxe as duplas para o estado atual. A ideia de que Djokovic jogando duas vezes por ano é bom e salva as duplas é um tanto quanto ridícula e está longe de solucionar algo. Mas é o que o público, a ATP e os veículos compram e, para a maioria, tudo está bem assim.

É claro que os simplistas ganham a maioria das partidas contra os duplistas. Hoje, no circuito, poucos times são baseados em um jogo de fundo sólido, como é o caso de Marrero/Verdasco. Foi o que vimos no último ATP Finals, aliás. Marrero/Verdasco derrubaram todos os times e foram campeões assim. Dá pra contar nos dedos de uma mão os times que são realmente bons no fundo, até porque houve essa especialização nas duplas e o jogo passou a ser totalmente colado na rede.

Voltando para a partida citada parágrafos acima, Federer declarou na entrevista em quadra após a vitória que “duplas é uma parte muito importante do nosso esporte,” o que eu concordo. Mas o que veio a seguir, me intrigou. “Especialmente socialmente.” Assim, sabemos que os amadores jogam mais duplas do que simples, mas essa constante definição de ‘divertido’, ‘bom pra fazer social’ tira um pouco da seriedade dos profissionais. Sim, o jogo tornou-se uma espécie de exibição que ninguém parece levar a sério. Uma grande festa de confraternização.

Outra coisa são as regras de inscrição nas duplas, que são a favor do pessoal de simples ‘para aumentar o interesse nas duplas’. Federer também declarou na entrevista pós-jogo que gosta de jogar duplas, mas só joga quando os outros também jogam, porque é bacana ver todos em quadra. Ou seja, só joga se um Djokovic também jogar. De novo, uma grande festa de confraternização. Quer dizer, as regras estão aí a favor. A duração do jogo diminuiu, a inscrição pode ser feita com o ranking de simples, tudo certo… mas ou temos uma grande quantidade de simplistas na chave, ou temos absolutamente nada. 8 ou 80. E, de novo, isso não afeta positivamente em nada no jogo de duplas.

Em Indian Wells, apenas metade das 32 duplas são times fixos. Como falei acima, para você se inscrever nas duplas, é possível utilizar seu ranking de simples. Não há limite, é possível entrar tanto na pré-lista quanto na inscrição on site. Isso quase inutiliza o ranking de duplas, afinal, você pode entrar com o seu de simples. Pra que construir um ranking de duplas então? Você só não será cabeça de chave, mas entrará e provavelmente deixará um time especializado fora, como foi o caso de Cabal/Farah, Begemann/Emmrich e Gonzalez/Lipsky na Califórnia. Estes ficarão uma semana e meia sem disputar um torneio, porque alguns simplistas querem fazer a social.

Isso soa coitadismo, mas não é. Pela experiência, podemos ver que, sempre que a ‘invasão’ acontece, um time de simplistas elimina uma boa dupla, avança para a segunda rodada e… desiste. Pode ser na segunda, oitavas, ou qualquer outra fase. Eles desistem, porque ‘não querem se machucar’ ou ‘para poupar para simples’. Com isso, grandes times foram eliminados ou ficaram de fora, mas né, ‘é bom para as duplas’.

Ah, a questão da transmissão de jogos de duplas ainda me intriga. Este ano, a quantidade de partidas transmitidas diminuíram ainda mais. Os ATPs 250, em que tínhamos a garantia de poder ver todas as partidas de duplas em quadras com televisão, já não transmitem todas, nem mesmo a final. Já os ATP 500 possuem uma política de transmissão extremamente restrita. Nem mesmo a TennisTV possui os direitos, que são vendidos para o canal oficial de cada país, como pudemos ver no Rio de Janeiro. E aí fica no cargo de cada um desses canais, se eles querem passar ou não. Masters 1000, então, é só com muita reza. Já acompanhei muitas finais por livescore.

Quer dizer, aumenta em alguma coisa? Há alguma promoção vinda da ATP, dos torneios, de algum lugar? A cada ano que passa, a transmissão diminui, o foco diminui… até mesmo o twitter da ATP ignora as duplas. Os campeões da semana? Quem? Highlights da partida? Que partida?

Eu sinceramente acho o campo das duplas extremamente rentável, que pode sim trazer muito retorno. Não é puxa saquismo, é questão de grandes personalidades. A maioria dos times do topo são formados por pessoas muito interessantes, de personalidades brilhantes e que garanto que o público adoraria conhecê-los. Mesmo assim, vemos uma preferência da ATP ou seja lá quem for o responsável por isso, de querer promover as duplas apenas quando os simplistas jogam. Aí o público sabe quem é Federer, Djokovic e Murray, mas nunca saberá quem é Inglot, Bopanna e Rojer. E depois ainda nos perguntamos o porquê desse ostracismo todo.

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78 comentários em “Sinceramente

  1. Pelo que vc relatou o que temos (ou o que a ATP enxerga) é um circuito de simplistas onde duplistas são 2 caras de simples que jogam juntos logo utiliza-se o ranking de simples para poder entrar. É meio ridículo isso mas o que fazer então? Uma separação de circuito seria interessante? Tipo, uma ATPD (ATP Doubles). As duplas teriam seu próprio circuito não ligado ao de simples. O circuito de duplas teria que buscar seu próprio espaço sem ligar ao de simples pois teria campeonatos só de duplas os quais só podem entrar com ranking apropriado. Voltando ao caso de IW, se for utilizar o ranking de duplas para os jogadores entrarem na chave os simplistas chiariam e teria conflito entre estas 2 partes? Será que chegariam a um consenso? Os simplistas precisam de torneios de duplas nos quais eles podem entrar sem empecilhos? Eu tenho mais dúvidas do que respostas para achar uma solução para o circuito de duplas =\.

    1. Não é questão de circuito separado, mas sim como era antes. Que você construa seu ranking de duplas para entrar nos torneios, como acontece em simples. Ou que tenha um limite de times que possam entrar com o ranking de simples.

      1. Mas mesmo tendo limite de times que possam entrar com ranking de simples vai ficar alguma dupla de fora e a chiadeira seria a mesma não? Ter o ranking de duplas seria melhor penso eu…

      2. Nem tanto, porque nos torneios menores bem menos duplas de simplistas entram e eles correm normalmente. Geralmente os simplistas ocupam as quatro vagas (ou até menos) de inscrição on site e todos sabem disso, o pessoal que está abaixo do cut já tem a noção. Mas claro que o ideal é seguir pelo ranking de duplas.

  2. Oi Aliny, Concordo com o seu texto, em linhas gerais. Participações esporádicas são, sim, prejudiciais às duplas.
    Mas creio que os jogadores de simples deveriam jogar sim as duplas. Não só em Indian Wells, mas no ano todo. Não vejo o tênis como Simples e Duplas.. Tênis é Tênis, e Tenista é Tenista, não duplista, não “singlista”. O que muda é a maneira de praticá-lo.
    Acho que uma solução válida é abolir a regra de “usar o ranking de simples”. Quer jogar duplas de vez em quando? Ótimo, jogue dez torneios no ano pelo menos, garanta seu top-100, e aí sim jogue os torneios maiores.
    Outra coisa seria unificar os rankings, dando à dupla o mesmo peso das simples. Mas acho essa solução bastante radical e não muito benéfica. O que você acha?

    1. Sua solução é a mesma que penso e que compartilhei com o comentarista anterior. Que você construa seu ranking para jogar duplas, afinal, temos simples e duplas. É separado, tem rankings para cada um.

  3. Aliny,

    Na minha opinião, a única solução seria aumentar o prize money das duplas, a fim de que essa modalidade passe a se tornar interessante também para os top 30.
    A partir disso, muito mais jogadores começariam a jogar duplas regularmente e poderíamos acabar com a história de entrar na chave de duplas com ranking de simples. Nao tenho duvidas. Casos específicos poderiam ser resolvidos com wild cards.
    Obviamente, isso é muito fácil de se afirmar, mas dinheiro em quantidade significativa para aumentar o prize money das duplas não dá em árvores.
    Sobre os top 10 de simples jogando duplas, nao consigo achar isso muito prejudicial. Apesar de nao ser o ideal, pelo menos temos mais interesse e mais visibilidade para as duplas.

    1. É um interesse e visibilidade somente para aquela partida, não ajuda em nada no jogo. Se fosse algo mais concreto, com eles jogando mais frequentemente, aí sim esse interesse e visibilidade valeriam. É esse conformismo de ‘ah, pelo menos aumenta em algo’ que trouxe as duplas para essa situação atual. Essa ideia de que um Djokovic ou Federer jogando duas vezes por ano é ótimo, fantástico.

      1. Não é fantástico! Muito longe disso! Só não acho que isso seja realmente prejudicial às duplas. Não adianta, tudo passa pela premiação. Imagine, vários top 30 de simples jogando dupla regulamente, competindo com os melhores na modalidade hoje. Realmente, seria algo muito interessante. Pode ser sonho, mas seria uma solução, na minha humilde opinião.

  4. Antes de mais nada, seu post tá FODÃO. Mas já que é pra adicionar algo na conversa, o que eu penso aqui é o seguinte:

    – Federer / Wawrinka não é parâmetro pra alguém dizer que simplistas ganhariam tudo nas duplas. Não estou discordando da Aliny, que não disse isso, mas há quem pense assim. Mas olha que Cilic e Del Potro já foram pro saco (aliás, Del Potro não tava chorando de dor outro dia? O que ele tá fazendo jogando dupla?).

    – Tô muito curioso pra, quando acabar a primeira rodada, fazer um levantamento de quem ganhou mais nos confrontos entre só duplistas e só simplistas. Tipo Fed/Waw x Bopanna/Qureshi e Nestor/Zimonjic x Cilic/Delpo. Ou Paes/Stepanek x Kohlschreiber/Janowicz e Lopez/Robredo x Kubot/Lindstedt.

    – Acho interessante a ideia de um limite de simplistas por chave de duplas. Maaaas isso vai de encontro ao raciocínio (?!) da ATP, que acha bacana ver simplistas jogando duplas, mesmo que só uma vez por ano. Ou seja, acho improvável que alguém mude essa regra.

    – Uma vez, conversei com alguém (ligado às transmissões de tênis) do SporTV, que me disse que dupla não dava audiência. Estávamos falando sobre a final de Xangai, que tinha Marcelo Melo, mas o canal não passou. Esse papo de “não dá audiência” é um ciclo, né? Se você ignora o esporte o ano inteiro, não vai ser um jogo isolado na madrugada que vai dar audiência. Agora… Se você dá atenção para a modalidade durante a temporada inteira, o público vai conhecendo e se apegando aos atletas. Ou alguém acha bacana ver Steve Johnson x Roberto Bautista-Agut (esse jogo rolou ao vivo em IW) em vez de um jogo de duplas?

    – Por que a Globo passa semanas inteiras de reportagens sobre Mega Rampa ou Stock Car no Globo Esporte? Porque vão transmitir no domingo e precisam que o público saiba do evento. Precisam criar apelo. E funciona. Será que não valeria tentar o mesmo com as duplas? Dizer “não dá audiência” é uma saída fácil e preguiçosa.

    1. Esse comodismo dos canais me incomoda demais. Não dá audiência? A gente não passa e ponto. Que o possível público se interesse sozinho e dê algum retorno para a gente na próxima vez que transmitirmos.

    2. Apenas complementando o que o Alexandre falou, olha o ranking dos brasileiros, nas duplas, principalmente do Bruno Soares. Dá pra atrair grande atenção do público (e audiência) mostrando que tem brasileiro no topo do esporte. Fazem isso na mega rampa, no stock car… Não acho que a globo transmitiria partida de tenis, mas a sportv poderia valorizar mais as duplas, principalmente agora.

  5. Infelizmente acho que existem poucas esperança para que as duplas se desenvolvam e deixem de ser uma competição secundária compostas por tenistas que não conseguiram se destacar nas duplas. É altamente improvável aumento de premiação para atrair jogadores mais talentosos, pois o pouco apelo midiático não traz retorno deste investimento. Vale lembrar que vários Top 10 / Top 5, já jogaram regularmente em duplas e mesmo assim a situação das duplas não era muito diferente, por exemplo, o McEnroe “unificou” os rankings como no. 1, e a situação. Além disso, na década passada a dupla no. 1 era formada por Hingis e Kournikova, duas campeãs em marketing e a mesmo assim transmissões eram raríssimas.

  6. Eu não gosto de ver simplista jogando duplas só por jogar, o ranking de duplas deveria ser mais respeitado na hora de fazer as chaves dos torneios, desse jeito simplistas que mal tem ranking de duplas seriam proibidos de disputar o torneio.

    Com certeza alguma estrela do simples ficaria impedido de jogar duplas o que causaria um maior desinteresse nos torneios, mas pra isso a ATP deveria divulgar mais as duplas, incentivando o publico a ver mais os jogos, mas se você acessar o site da ATP você não vai encontrar nada sobre os torneios de duplas, você vai encontrar o ranking, mas nenhuma informação sobre os torneios, perfis dos jogadores etc… E isso me faz pensar com mais carinho na criação de uma organização paralela para cuidar exclusivamente das duplas.

  7. No fundo de toda a questão está a enorme diferença de nível técnico entre simplistas e duplistas. Há um verdadeiro abismo. Pegar os resultados isolados de Indian Wells é tentar tampar o sol com a peneira …. esconder a realidade. Os caras (da simples) nem treinam duplas regularmente e ,mesmo assim qdo jogam uma ou outra vez no ano conseguem bater os duplistas. E isso jogando “pro social”. É a verdade … o nível técnico dos jogadores de duplas é muito baixo. Nível baixo, interesse menor e audiência menor.

      1. Tudo bem Aliny. Certa vez um blogueiro havia comentado exatamente sobre o ABISMO (essa é a palavra mais adequada) entre os jogadores das duplas e simples. Qdo li, queria bater palmas. Perfeito. É exatamente o que acho e já faz tempo. Finalmente alguem resolveu largar o politicamente correto e escrever neste sentido. Buscando no google encontrei o artigo. Não sei se hoje ele mudou de opinião. A minha permanece a mesma:

        “Porque há um abismo no nível técnico entre simplistas e duplistas. Não é muito agradável escrever isto – principalmente levando em conta que o Brasil tem mais bons duplistas do que simplistas, mas não há outra maneira de abordar a questão. E isto fica muito óbvio quando Nadal, Federer, Djokovic e Murray decidem disputar uma chave de duplas – e todos vencem. Tudo bem que Djokovic derrotou uma parceria de simplistas (Mónaco e Chela), mas os outros três superaram especialistas em duplas.

        Algum defensor das duplas deve estar pensando agora algo do tipo “mas Federer saca bem demais e é um excelente voleador”. Verdade. E, como na maioria dos casos, o suíço, muito acima da média em tudo, não é um bom parâmetro para análise – mas tenhamos em mente que ele e Stanislas Wawrinka foram campeões olímpicos com vitórias sobre os irmãos Bryan e o Expresso Indiano (Bhupathi e Paes) em sets diretos.

        Usemos então Nadal como parâmetro. O espanhol não está no rol dos grandes sacadores e raramente alguém diz que ele tem um grande jogo de rede. No entanto, ele e seu parceiro Marc López derrotaram Fyrstenberg e Matkowski, números 9 e 10 do mundo na modalidade (no ranking que conta as 52 semanas). Mais. Nadal e López são os atuais campeões de Indian Wells!

        A ATP faz um baita esforço para promover as duplas e até forçou uma mudança significativa nas regras há pouco tempo, implantando o no-ad e o match tie-break. A ideia era encurtar a duração dos jogos e incentivar os simplistas a disputar também as chaves de parcerias. Não deu muito certo. O que aconteceu em Indian Wells, com tantos tenistas da elite jogando duplas, ainda é raríssimo de ver.

        A dúvida que fica – para mim, pelo menos – é: será que é bom para ATP ver os simplistas entrando nas chaves de duplas e vencendo os especialistas? A resposta seria um óbvio “sim” se Nadal, Federer e companhia fizessem isto sempre. O cenário da modalidade seria outro. Como isto acontece apenas esporadicamente, a elite das simples apenas reforça a gritante diferença técnica em relação aos atuais duplistas. E com isso, aumentam os abismos do tempo de TV, do prêmio em dinheiro, da atenção dos fãs, etc…”

      2. Oi, Leonardo. Entendo a sua opinião e a do blogueiro, mas discordo em uma série de partes.

        Não quero me alongar explicando cada tópico que discordo, mas o principal é “A ATP faz um baita esforço para promover as duplas”. Não é bem assim. Nos últimos 14 anos, todas as mudanças de regras que a ATP implementou foram sem sucesso. A última foi em 2007, com a diminuição do tempo de jogo. Não fizeram mais nada além disso. Sem promoção, sem transmissão, sem nada. Não adianta mudar uma regra ou outra e ficar parada. Ninguém cria interesse em algo sozinho.

        De 2007 pra cá, mais nada veio da ATP. E, antes disso, tentaram mudar outras regras baseadas em um questionário na internet com os fãs, sem consultar os atletas. Em que mundo isso funciona, eu não sei. No nosso, não.

  8. interessante abordagem, Aliny.
    Concordo com quase tudo: da questão do prize money a construção de um ranking de duplas; do pouco ou nenhum efeito prático dessas apresentações esporádicas até a questão da injustiça de deixar duplas fixas de fora dos grandes torneios, como foi o caso do CAbal-Farah.
    Só discordo da linha em que você fala que o jogo de duplas mudou e hoje é concentrado na rede. Acredito que a modalidade de duplas sempre teve isso como referencial, a rede sempre foi o ganha pão das boas duplas. O que mudou a equação, para mim, foi a velocidade das quadras que, mais lentas, favorece jogadores com jogo de fundo de quadra sólido e quando estes jogam duplas têm um algo a mais que os duplistas. Ainda sim, jogos de duplistas contra simplistas jogando duplas são equilibrados.

    Parabéns pelo blog !

    1. O que eu quis dizer é que o jogo avançou e permanece bem mais na rede do que antigamente. Antes, a frequência no fundo era bem maior. Vou até editar no texto, para deixar mais claro. Mas sim, concordo com a questão da velocidade das quadras.

  9. Oi Aliny!
    Sou apaixonado por duplas também. Eu tinha parado em comentar em sites de tênis porque a coisa vira um vício e a gente não consegue trabalhar/estudar direito. Gostaria de acrescentar 3 coisas à discussão. A primeira é que quando um Federer e Warwrinka ganham num MT não deveria significar que os duplistas não são de nada, pelo contrário. Acho que a repercussão correta é que os duplistas são tão bons quanto os singlistas tops mas uns são deuses e os outros não tem reconhecimento nenhum. Se um cara, jogando simples, perde um jogo apertado (imagina se ganha) pro Federer o pessoal não passa a elogiar? Não sei porque isso acontece.
    A segunda é que é muito mais fácil pro singlista jogar. O cara não tem pressão nenhuma neste tipo de jogo, enquanto o duplista está brigando pra sustentar a família, são condições de jogo BEM diferentes que só dificultam as coisas pros duplistas. Terceiro, dede quando inventaram esse negócio de usar o ranking de simples pra entrar nas duplas pra valorizar as duplas eu falo que isso é o oposto do que deveria ser feito. Se um popstar quer jogar duplas vc sempre pode dar um WC pra ele, não precisa usar o ranking de simples. Acho que a estratégia deveria ser usar o ranking de duplas pra entrar em simples. Aí você veria todo cara fora do top 20 se matando pra jogar duplas. Com isso a cultura de todo mundo jogar duplas ficaria tão forte que em alguns anos aposto que até o top 20 estaria jogando. Eu escrevi pra ATP na época dando esta sugestão mas não tive responta.
    Um abraço e parabéns pelo blog!

  10. Aliny, desculpe minha ignorância, mas tenho uma dúvida.
    O regulamento que permite os jogadores usarem seu ranking de simples para os torneios de duplas… Sempre foi assim ? Se não foi sempre assim, quando mudou ?
    Obrigado e parabéns pelo blog!!

  11. Esta discussão tem um gama alta de nuances que começa no critério fundamental de estabelecimento da ATP, ITF, WTA, etc que é o ranking. É um parâmetro de segmentação e meritocracia que é aplicado a tudo nestas instituições, indo muito além da mera entrada nas chaves. Sendo assim, é evidente que a ATP bonifica os simplistas ao validar seu ranking de duplas, mas também vai totalmente ao encontro dos interesses de patrocinadores e televisão, os mantenedores da engrenagem.

    Mesmo um pouco fora do assunto, ceio que é importante rever o conceito de que ” o jogo de duplas, se tornou de rede”, ele sempre foi isto. Acho que a frase mais didática nos clubes de norte a sul é ” o objetivo das duplas é tomar a rede”. Veja algum replay dos Woodies e verá que é a mesma forma de jogo adotada pela maioria das duplas top. Talvez aí more a grande discrepância entre os dois circuitos é que o efeito do combo “preparo, força, tecnologia e luxilon” que revolucionou o jogo dos top das simples nos últimos 15 anos, ainda não impactou de forma tão agressiva o jogo de duplas, se bem que isto já começa a virar (vide Verdasco e opiniões como a do Bruno na última ótima entrevista do saque e voleio)

    Entendo e admiro seu lado apaixonado pelo circuito de duplas, é meu maior motivo de procura pelas suas postagens, mas infelizmente discordo do seu tom nesta questão.

    1. Releia a parte em que escrevi sobre o jogo na rede. Sim, sempre foi assim, mas a FREQUÊNCIA aumentou. Uma das maioria críticas de McEnroe é que o jogo passou a ser tão na rede, tão colado, que ele duvida que alguém consiga um bom voleio no fundo.

      1. Aliny, continuo discordando da sua analise quanto a isso. Continuo afirmando que a frequência das subidas a rede é a mesma, e sempre foi o objetivo do jogo.
        Além disso, creio que essa afirmação do Mcenroe tem o seu recorte nesta geração pós woodies.

      2. Entendo seu ponto =)

        Aliny,
        Só para enriquecer a discussão, vale dar uma olhada sobre o histórico da ATP no ano de 99, onde se não me engano (eu era bem moleque na época, mas lembro do fato), houve a tentativa de obrigar todos os jogadores de simples a jogar torneios de duplas (acho que rolou uma cota obrigatória dou algo assim), o que criou atrocidades como o Sampras jogando torneio com o Annacone de parceiro.

      3. Sim, essa foi uma das mudanças mais bizarras que a ATP já tentou fazer. Outra bizarrice foi em meados de 2000 e algo, em que tentaram diminuir os games dos sets para 5, com tie-break no 4-4 e só simplistas poderiam jogar duplas. Essa decisão foi feita através de uma enquete no site da ATP COM OS FÃS (???), sem consultar os atletas. Os Bryans precisaram fazer um abaixo assinado para impedir isso.

  12. Eu fico realmente incomodada com essa coisa de “vamos invadir duplas”, acho, de verdade, que a ATP tinha que criar alguma mecanismo para duplas, mas isso tem que partir dos duplistas.

    Ex: o Eric Butorac é um dos vice-presidentes da classe de jogadores da ATP, dos vice, é o mais respeitado pela ATP e pelos jogadores, ao que se sabe e ouve da boca de dirigentes da ATP, aí eu me pergunto: por que será que o Eric não usa desta influência?
    – Daniel Nestor é um dos mais queridos entre os jogadores. Por que ele não pede a palavra no conselho?
    Robert idem. O último duplista que eu vi se manifestar realmente bravo com essa situação foi o Robert Farrah.

    Se o cara opta por fazer a carreira dele em duplas, ele também devia brigar por aquilo. E bom, se algum deles pedisse a palavra por qualquer um dos milhares de pontos a serem consertados no circuito de duplas durante as reuniões do conselho, a gente saberia. Todo requerimento dos conselhos vazam.

    Quanto às TV, acho, principalmente no Brasil que a cultura do Ibope reza a coisa. Mas eu acho que para você ter um público, você precisa construí-lo. Vamos ser sinceros as TVs brasileiras, mas agregam torcedores novos para simples, que dirá duplas. Estão perdendo uma grande oportunidade, já que Bruno como três do mundo e Marcelo cinco, pode ser que não dure até 2030 (risos). E nisso a TV americana dá um banho.

    Aliás, a TV espanhola têm aumentado a cada ano as transmissões de duplas deles, principalmente porque Marcel/Marc estavam muito tudo em 2012. Eu vi Feli/Isner em TV aberta e em horário nobre na Espanha.

    Para resumir: concordo com seus pontos, todos eles. A ATP que tem uma visão estratégica de popularizar o esporte que dá inveja na FIFA não consegue se resolver com duplas. É patético.

  13. Não concordo muito com o blog com relação a participação dos simplistas. O fato de se aceitar o ranking de simples para entrar na chave de duplas e não aceitar o ranking de duplas para entrar na chave de simples na minha visão é por um fator evidente: Se você pegar os duplistas especialistas, eles não dão conta de derrotar nenhum Top 200 em geral, que dirá Top 100. Até pq muitos desses especialistas nem físico tem pra jogar uma partida de simples e correr tudo o que é necessário. Nestor e Paes ganham títulos com mais de 40 anos só pra se ter uma ideia. Agora se você pegar os bons simplistas, eles fazem jogos pau a pau com os especialistas em duplas.

    Caso não fosse possível entrar com ranking de simples na chave de duplas, o Federer pra jogar duplas seria necessário subir seu ranking de duplas quase do ZERO para poder participar de um GS ou M1000? Qual sentido disso? Reclamam que os simplistas não estão nem ai pra duplas e a solução disso é não permitindo mais que eles entrem na chave com ranking de simples e assim obrigando eles a jogar Futures/Challengers de Duplas? Quem é que em sã consciência que joga ATP em simples, vai se dispor a jogar Futures/Challengers em duplas para subir o ranking? Não faz sentido. O ranking de simples tem que ser aceito para entrada de duplas, não faz sentido impedir.

    Com relação a Indian Wells nos últimos 5 anos tivemos o Nadal campeão em 2012 e 2010, Dolgopolov/Malisse campeões em 2011 e Fish/Roddick campeões em 2009, todos tenistas que não são especialistas em duplas. Pra mim é evidente que se todos os simplistas tivessem interesse em jogar duplas, a concorrência seria pau a pau com os especialistas de duplas e provavelmente muita dupla fixa estaria muito mais abaixo no ranking e não teria o tanto de sucesso que possuem. Se os simplistas jogassem a sério o circuito de duplas eu posso até afirmar que os Bryans teriam se muito uns 10 Grand Slams, e não estou exagerando, acho essa previsão algo bem plausível de imaginar, só para ter uma ideia nas Olimpíadas tivemos Fedrinka Campeões e nos últimos jogos Ferrer/Lopez (Acho que foi o Lopez) ficou em quarto, Benneteau/Gasquet Bronze, Llodra/Tsonga Prata, sendo que nenhum desses nunca foi duplista especialista ou possuía uma carreira mista simples e duplas como no caso do Llodra e do Benneateau.

    Tendo em vista os resultados de Indian Wells os simplistas estão jogando pau a pau com os especialistas duplistas, agora imaginem se realmente estivessem levando a sério a competição e não fosse só uma “festa de confraternização”?

    Sobre as duplas citadas que ficaram de fora eu não vejo problema nisso, o único problema é o simplista entrar na chave e depois dar W/O pra poupar pra simples, isso sim eu acho uma grande sacanagem e que eu acho que a ATP poderia intervir multando jogadores que fizessem esse tipo de conduta.

    Com relação as três duplas que você citou: Cabal/Farah, Begemann/Emmrich e Gonzalez/Lipsky eu acho os alemães e essa dupla formada pelo americano e o mexicano muito fracos, sério mesmo. Não acho grandes coisas nesses jogadores. Cabal e Farah eu já acho que são muito bons, eles tem muito potencial e no caso do Farah eu fico com uma pena por ele ter focado tudo em duplas pois eu acho que ele tinha potencial pra simples também e o Cabal poderia ser um jogador de CH, mas, entendo a opção pelas duplas, acho que no caso do Cabal foi a decisão perfeita, na do Farah fica aquela pontinha de dúvida da minha parte, apesar de que ele está tendo um bom sucesso nas duplas.

    Gosto muito de duplas, só que acho que o nível de duplas poderia ser bem melhor se os simplistas tivessem maior interesse na modalidade e não ficassem só jogando pra pegar ritmo de jogo. E por fim eu acho uma crítica pertinente a questão das transmissões de duplas, está horrível mesmo, muita gente fora do Brasil deixou de ver a final que consagrou o Soares campeão de M1000. Uma pena, ao menos os brasukas tiveram a chance de acompanhar no Sportv se não me engano.

    1. Nossa, cara, eu nem sei por onde começar. Quanta besteira.

      Aonde eu disse que duplistas poderiam usar o ranking para entrar em simples? Isso não é a ‘opinião do blog’ não.

      E uau, construir um ranking de duplas para disputar a chave de duplas é realmente uma ideia super absurda. Pelo amor de deus, né. Não faz sentido essa sua sugestão. Os tops podem entrar facilmente com um convite, se é isso que dói tanto.

      Gonzalez/Lipsky brigam por Finals e fizeram semifinal em Indian Wells ano passado. Não tiveram nem a oportunidade de defender os pontos.

    2. ” Se você pegar os duplistas especialistas, eles não dão conta de derrotar nenhum Top 200 em geral, que dirá Top 100″.
      Mano, derrubo seu argumento como um castelo de cartas: PHILIPP OSWALD ganhou do Saretta! Um abraço.

  14. Concordo que a participação de grandes simplistas apenas em Indian Wells não contribui para a massificação dos jogos de duplas. Todavia, a organização da competição não está preocupada com isso, mas sim em atrair a atenção do público e da mídia para o torneio. Do ponto de vista comercial, é inegável que a estratégia é um sucesso. Não tenho dúvida de que o duelo válido pela segunda rodada entre Gulbis/Raonic e Federer/Wawrinka receberá mais destaque do que uma eventual final entre duplistas especialistas. Evidentemente, há um prejuízo concreto aos especialistas, que precisam muito mais dos pontos e da premiação do que os simplistas, mas não vejo como criticar a organização do torneio, que é muito competente para alcançar seus objetivos.

    É muito reducionista imputar à ATP a responsabilidade pelo pouco espaço que as duplas ocupam na mídia. Infelizmente, o fato de muitos duplistas não terem obtido êxito individualmente (por ex. Bryans, Melo, Soares, etc), aliado à ausência de grandes simplistas nas chaves de duplas, contribui para que significante parcela do público tenha um certo preconceito em relação a eles, que muitas vezes são vistos como “simplistas fracassados”.
    O lado positivo de permitir a participação de simplistas em Indian Wells é provar que duplistas também são atletas de altíssimo nível, capazes de de derrotar duplas formadas pelos jogadores mais renomados.

  15. Eu entendi que você era contra o ranking de simples entrando na chave de duplas. Pelo menos entendi assim, me desculpe já que não era a opinião.

    Com relação a Gonzalez/Lipsky sim eles brigam, eu sei disso.

    1. Uma coisa é ser ‘contra’ o ranking de simples nas duplas (o que, como eu discuti em vários comentários, dá para ser controlado e pode ser aceitável. Não sou totalmente contra), outra coisa é especular que ‘o ranking de duplas não é aceito em simples por tal coisa.’ Isso, do caminho contrário, eu jamais citei.

      E que bom que sabe.

  16. Veja só a Entry List de IW que você mesma postou:

    1. Bryan, Bob/Bryan, Mike
    2. Peya, Alexander/Soares, Bruno
    3. Dodig, Ivan/Melo, Marcelo
    4. Paes, Leander/Stepanek, Radek
    5. Marrero, David/Verdasco, Fernando
    6. Bopanna, Rohan/Qureshi, Aisam-Ul-Haq
    7. Nestor, Daniel/Zimonjic, Nenad
    8. Kubot, Lukasz/Lindstedt, Robert
    9. Mirnyi, Max/Youzhny, Mikhail
    10. Fyrstenberg, Mariusz/Matkowski, Marcin
    11. Llodra, Michael/Mahut, Nicolas
    12. Benneteau, Julien/Roger-Vasselin, Edouard
    13. Rojer, Jean-Julien/Tecau, Horia
    14. Granollers, Marcel/Lopez, Marc
    15. Huey, Treat/Inglot, Dominic
    16. Butorac, Eric/Klaasen, Raven
    17. Bolelli, Simone/Fognini, Fabio – ranking protegido
    18. Anderson, Kevin/Bhupathi, Mahesh
    19. Murray, Jamie/Peers, John
    20. Fleming, Colin/Hutchins, Ross – ranking protegido
    21. Knowle, Julian/Pospisil, Vasek
    22. Marach, Oliver/Tursunov, Dmitry
    23. On site
    24. On site
    25. On site
    26. On site
    27. On site
    28. On site
    29. On site
    30. On site
    31. Convite
    32. Convite

    ==================

    Pela lista ai todas as duplas que estão participando tem ao menos um jogador que leva a carreira de duplas de maneira séria, sendo que em alguns casos o duplista acaba fazendo parceria com um simplista pra poder entrar na chave, Melo, Soares já fizeram isso jogando com o Bellucci no passado.

    Restam então 8 vagas On Site e 2 Convites, supondo que todas essas vagas fossem ocupadas por simplistas, seriam 10 vagas para simplistas e as outras 22 para o pessoal mais sério das duplas. A maioria da chave em IW são os duplistas (Ótimo não?), só que em Indian Wells muitos simplistas participam e nem ocupam tanto espaço assim. Ou você acha por exemplo que deveria existir apenas 4 vagas para só Simplistas por exemplo? O que você sugere.

  17. Na de IW pelo que eu contei foram 11 duplas de simplistas o que da um pouco mais de 33%. Sendo que uma delas entrou por Wild Card então foram 10 vagas das 30 diretas. No entanto houveram muitas misturas, o Lipsky mesmo jogou com o Mayer. Você sugere então limite de 5 vagas?

    1. (Lipsky jogou com Mayer porque não conseguiria entrar com Gonzalez. E foi o que aconteceu com Haase também.)

      A ATP, em uma das muitas mudanças, chegou a fazer uma conta de limite de vagas. Se minha memória não me falha, são duas vagas em chave de 16, quatro em chave de 24 e seis em chave de Masters.

  18. Muito interessante seu desabafo, já tinha pensado sobre essa semana mesmo. Eu concordo realmente com o fato de existir um ranking de duplistas e eles pegarem o melhor ranking do simplista pra jogar. Isso é como se tivessem dando toda a ‘autoridade’ para aqueles que jogam simples e dando a entender que duplas são uma subcategoria que vem no ‘contrato’ caso se jogue simples. Mas na minha opinião o fato é que as duplas nunca foram os ‘destaque’ na história do tênis, se você perguntasse a maioria iria escolher assistir simples. Pois o jogo de simples é mais fácil de entender, porque é uma competição mais direta, fora que tem todo o ‘glamour’ fora das quadras de um tenista. Eu não julgo isso até entendo, mas hoje em dia eles ‘desprezem’ quem joga duplas…se você perguntasse para os melhores jogadores do mundo da ATP (simples) o que eles acham sobre as duplas. Eu duvido que algum diria: É como a nossa disciplina só que em dupla. A maioria iria elogiar, mas não iria dizer que está no mesmo nível. Mas aí que tá no tênis são três ‘disciplinas’ que são permitidas: simples, duplas e mistas. Mas as pessoas esquecem isso. O cara lá de dupla ou mista pode ter 10 GS, bem mais do que Djokovic, mas ele vai receber bem menos atenção, porque as pessoas acham que esses GS ‘valem menos’, tem menos ‘esforço’ isso e aquilo. Mas a verdade é que é tudo ‘igual’ é um GS e pronto e acabo. Não digo que seja uma injustiça o valor comparado entre as disciplinas, pois acredito eu que o tenista de simples sofre mais, joga por mais tempo, talvez até se dedique mais…porque é preciso tem muita variedade de jogadores de simples no circuito do que em duplas. E uma coisa que temos que entender no mundo do esporte é que o ‘glamour’ daquele esporte conta muito para o faturamento das pessoas que fazem aquele esporte. Isso também não julgo é natural as pessoas se apaixonarem por os atletas porque eles realmente fazem coisas que nós não faríamos tão fácil assim. Mas uma coisa que você disse foi o fato de eles ‘aceitarem’ isso pelo fato de trazer mais audiência isso e aquilo. Mas as pessoas não vão assistir duplas e sim simples, temos que nos tocar disso. Então o que vai dar audiência é isso, de certo modo é até bom para o esporte. Existem aqueles que vão lá assistir Djokovic jogar duplas e que também olha para os duplistas (geralmente pessoas bem mais humildes de mente do que a maioria) e acabam se ‘apaixonando’ e acompanhando o esporte de alguma forma. Mas realmente é triste o tenista de simples ir e sempre chegar até oitavas, quartas e parar, devido a isso ou aquilo. Porque eu acho que todas as disciplinas deveriam ser tratadas com respeito, com igualdade. Eu não julgo as escolhas das pessoas procuro compreender. Mas concordo plenamente em relação ao ranking. Por mais que eu fosse jogador eu iria ‘adorar’ isso, porém tenho meus conceitos também. Antigamente também ‘era assim’ as melhores jogadoras do mundo se uniam em duplas mas o problema era que elas levavam aquilo a sério, algumas com igualdade, como se o tênis tivesse três disciplinas mesmo. Não era a toa que ganhavam. Mas você levantou uma outra questão polêmica no seu texto você disse que os jogadores de simples vão lá e ganham dos duplistas porque eles não tem fundo de base, isso e aquilo. Mas uma coisa que temos que saber é: Não importa quem seja a pessoa tem que dar o seu melhor contra quem for. E se os simplistas saíram da sua ‘zona de conforto’ e fora para as duplas jogar e estão ganhando da maioria, é mérito deles. Pois isso mostra que mesmo eles não sendo duplas são capazes de ganhar, pois são bons no que fazem, simples assim. Algum grande jogador disse que duplas está horrível, que deviam excluir. Uma prova disso é isso os duplistas estão perdendo para os jogadores de simples, imagina se todos resolvem encarar as duplas e mistas com ‘igualdade’ o que seria melhor para o esporte. Eles sairiam ganhando muita coisa, chegando a inúmeras finais, derrotando gente todo ‘calibre’ em duplas. E realmente os duplas estão muito abaixo do simples, eles tem que evoluírem não ficarem apenas naquela ‘troca-troca’ na rede. O esporte exige evolução e não contrário disso. Concluindo minha opinião se os tenistas de simples estão vencendo os tenistas de duplas algo está ‘errado’ aí, ou seja, os duplistas precisam melhorar, pois eles estão jogando na sua ‘zona d conforto’. E realmente que esse ranking de simples para jogar duplas seja ‘excluído’, pois isso é ridículo. Apesar de eu procurar entender e já ter um motivo pra desconfiar que se os melhores do mundo do simples estão vencendo os melhores do mundo de duplas, algo no ranking não está legal? Está logo você verá que os que jogam simples não levam muito a sério duplas e encaram como um social (como você diz e acho isso ridículo). Então pra ficar justo acho que o próprio simplistas criassem a sua dupla e fossem competir pelo ranking de duplas, já que podem ganhar da maioria de certa forma. Mas a vai ter mais cansaço, ah posso sofrer uma lesão, ah isso e aquilo. Tenha vergonha na cara e veja a ‘merda’ que você faz, os de antigamente com muito menos tecnologia de hoje jogavam simples e duplas ‘tranquilamente’. AH mais os jogos deles eram mais rápidos, era saque-voleio. Isso mostra o quanto as pessoas hoje em dia se preocupam com a lesão, com isso e aquilo. É como se eles não amasse o tênis por completo, achassem só simples pra jogar e pronto…podem ganhar dinheiros enormes e glamour, sem precisar ser um sucesso. Isso que é triste ver as pessoas acham que ‘conhecem’ o tênis, mas pelo visto pouco o ‘resto’ do tênis tem a lhe acrescentar no seu currículo. Caso de Federer que soltou esse “socialmente”. Sei que não devemos julgar as pessoas, sempre procuro compreender. Mas imagine no corpo se de um duplista? Deve ser muito ruim mesmo, mas temos que levar em conta que eles precisam evoluírem se quiserem ser campeões. O esporte é isso – evoluir. Terminei acho que falei demais, mas no fim eu até conclui o que queria dizer, duvido que tenha lido até aqui…apesar disso e aquilo. Mas é isso.

  19. AHHH eu errei no começo então entenda que eu quis dizer que eu “Não'” concordo com o fato de os simplistas poderem usar seu ranking para jogar duplas. Ah pelo que eu percebi pelas suas ‘respostas’ nos comentários, você é muito orgulhosa da sua opinião, tenta entender a das outras pessoas. Se toque um pouco de que você o mundo não é formado só por você, e que a sua opinião não é a certa. Até porque não existe opinião certa ou errado, é um consenso. O que comentam gastam tempo comentando pra receberem depois uma ‘patada’, tenha mais respeito por quem te segue aqui…Eles são em números muito maior do que você, ou seja, se tivesse um ‘consenso’ eles provavelmente ganhariam de você. Já que pra definir algum consenso as vezes é necessário uma votação. Boa Semana pra você! 😉

    1. Isso aqui não é um consenso e nem uma votação, é um debate. Estou tentando defender a minha opinião. Não preciso me ‘tocar’ não, muito obrigada. Boa semana para você também, querida.

  20. O que a Alice disse faz sentido. Alice Reymond, me lembrei até da duplista Lisa Raymond rs.

    A impressão que eu tenho é de que os simplistas conseguem equilibrar contra os especialistas em duplas, sendo que os duplistas não conseguem equilibrar contra os simplistas. Se for pegar um Bryan nunca veremos ele ganhando de um Top 100 em Simples. Agora se procurarmos diversos simplistas teremos registros de vitórias contra os especialistas em duplas nas duplas.

    No entanto eu não acho que isso seja pq os simplistas são melhores, longe disso. Os Bryans formam a melhor dupla de todos os tempos, talvez um pouco atrás dos Woodies ou na frente, não interessa e em IW mesmo o torneio está afunilando e pelo que eu estou vendo da chave são os duplistas que estão vencendo. O ponto é que existe uma gama muito grande de jogadores que estão focados só em Simples e que estão deixando de jogar duplas e isso quer queira, quer não, implica em menos jogadores disputando a modalidade de duplas, o que implica em menor concorrência e a tendência é o nível ser mais baixo do que se essa gama de simplistas participassem, eu entendo assim.

    Federer tem potencial pra ser um grande jogador de duplas, tanto é que já ganhou medalha de ouro nas Olimpíadas, o Murray mesmo já ajudou tantos duplistas britânicos fazendo parcerias como no caso de Valência com seu irmão quando foram campeões ou no caso do britânico que ele formou dupla no M1000 que o Soares venceu eles na final que se não me engano foi o Fleming. E o Berdych que geralmente detona todas as duplas ao lado do Stepanek na Davis? Imaginem se o Berdych tivesse interesse em jogar de maneira séria o circuito de duplas, o cara tem muito potencial. Tsonga, Isner que com o Querrey teve época que passou perto de ir pro Finals até mas, nem tentaram direito, Kohlschreiber, Haase que fez final de GS e tantos outros…

    Uma pena são os simplistas não estarem jogando o circuito de duplas com foco, isso realmente é muito ruim para a modalidade, por isso que não acho que um limite ajudaria, só afastaria os simplistas mesmo, sem contar os duplistas que usam de simplistas para entrarem na chaves dos torneios.

    1. A questão não é quantidade. E, se for, existem tanto jogadores de simples quanto de duplas, nenhum perde em número.

      Concordo que é uma pena que eles não joguem o circuito, porque, como você disse, há muitos com um potencial bem bacana. Só que TODAS as mudanças que a ATP implementou para ~trazer mais simplistas para duplas~ não funcionaram, não atraíram e eles JÁ ESTÃO afastados do circuito. Só jogam por cachê ou quando convém. Já faz 10 anos que essas mudanças entraram em vigor e nada.

  21. Gostei da sua analise e do ponto de vista dos duplistas você tem grande razão. Gosto de ver os grandes jogadores de simples atuando em duplas, uma pena ser poucas vezes, acredito que uma possível solução seria o incentivo e apelo da ATP aos jogadores jogarem mais duplas, isso agregaria mais audiência, público e certamente com o tempo também aumentaria o nível dos atuais especialistas das duplas. O caminho seria incluí-los mais e não restringi-los e quem tem que dar o primeiro passo é a ATP, ela deve fazer ações para que isso possa funcionar. Eu só não entendo no feminino, há tantas meninas das simples jogando duplas regularmente e olha que lá a atenção dada pelos organizadores, TV e públicos ainda não piores do que no masculino, seria o menor o desgaste? Ou elas curtem mesmo? Sabe dizer.
    Aliny, gosto dos seus argumentos, pois na maioria das vezes você as expõe com razão e não apenas com o coração.

  22. O principal ponto no meu entender não é impedir simplistas de participarem colocando um limite, mas, sim criar atrativos para eles jogarem e outras medidas.

    Uma coisa que eu sou absurdamente contra e que a ATP fez foi esse Match Tie-Break que foi um grande tiro pela culatra da ATP, pois na tentativa de deixar o jogo mais curto e incentivar o pessoal a jogar duplas, acabou não incentivando como se esperava e aumentou a possibilidade de resultados aleatórios nas duplas. Imaginem por exemplo se no terceiro set de simples fosse um Match Tie-Break ao invés de um set normal, quando o Stepanek venceu o primeiro set em Dubai contra o Federer e o primeiro set contra o Nadal em IW as chances do tcheco vencer eram MUITO MAIORES. Vencer um Match Tie-Break de 10 pontos é muito mais fácil do que um set normal.

    Esse Match Tie-Break criou uma possibilidade de resultados aleatórios muito grande. A dupla leva o segundo set pro tie-break e simplesmente precisa vencer um tie-break de 7 pontos e depois um match tie-break de 10 pontos, isso implica que a vantagem de vencer o primeiro set fica muito menor. Então pra começo de conversa a ATP tinha que levar mais a sério as duplas e os duplistas tinham que exigir isso acabando com essa história de Match Tie-Break.

    Outro ponto que eu acho extremamente importante é impedir esses simplistas desistindo no meio do jogo ou dando W/O pra focar em simples, isso daí está muito errado mesmo, a ATP deveria aplicar multas pros tenistas que fizessem esse tipo de desrespeito.

    Mais uma medida que deveria ser tomada é igualar as premiações de simples e duplas. Vejam o absurdo que é IW. Se você for campeão em Simples você ganha sozinho 1 Milhão e se você ganhar em Duplas você ganha 258.000 e tem de dividir com o seu parceiro a metade obviamente. 258.000 de 1 milhão é um pouquinho mais de 25% do valor do prêmio de simples, uma premiação dessas só mostra que o torneio está premiando quase 4 vezes mais o campeão de simples do que uma dupla campeã. No meu entender a premiação teria que ser igual ou se não fosse igual, teria de ser no mínimo parecida como 750.000~800.000 pra dupla.

    Essas são algumas medidas que eu penso que são importantes, eu tenho também outros pontos que eu acho que poderiam tentar aplicar como mais informações sobre duplistas, parcerias, entrevistas, curiosidades, conhecer mais a fundo esses tenistas, anunciar vitória dos Bryans, do Nestor, do Paes assim como anunciam no site as vitórias de Federer, Djokovic. Melhorar a questão das transmissões dos jogos de duplas, colocar mais jogos de duplas nas quadras centrais e muitas outras medidas podem ser pensadas no meu entender. Mas, quem tem que exigir isso são os próprios duplistas, pois se depender da ATP…

    1. Eu concordo com você. Aliás, a minha intenção com esse post foi criar alternativas para a situação atual, como você fez agora. Não sou a favor de isso ou aquilo, só gostaria de mudar, afinal estamos neste formato faz 10 anos e só piorou.

      E sim, o match tie-break é cruel e foi mais uma das decisões esquisitas que a ATP fez para ‘atrair simplistas’ e que não deu certo, só prejudicou.

  23. Aliny, vim ao seu blog através da indicação da Sheila Vieira!
    Eu entendo seu ponto de vista, e admiro seu gosto por duplas! Eu confesso que meu gosto por duplas se dá mais na parte “social”, como o RF disse..!
    Mas agora, responda “sinceramente”: você acha que um diretor de torneio vai dizer NÃO pro Federer, pro Djokovic, pro Murray (entre outros), caso eles queiram jogar a chave de duplas?
    São as chaves de simples que pagam as contas dos torneios, vc sabe. .

    1. E eu disse pro torneio dizer não para os tops? Minha intenção não é essa. Fora que há convites aí para isso, ninguém dirá não, de uma forma ou de outra.

      Quanto a ‘pagar o torneio’, lembre-se que em Indian Wells os tops jogam duplas por cachê, não apenas por vontade própria.

      1. É.. pelo jeito, convencionou-se que em Indian Wells, os simplistas jogam duplas, seja por cachê, ou por qualquer outro motivo.. Mas é praticamente só lá que ocorre essa invasão, né?

  24. Muita coisa foi escrita aqui. Por isso só vou dar uns pitacos, sem ir muito a fundo.
    – Primeiro, quem é tenista (de qq nivel, inclusive pangas como eu) sabe que as simples, via de regra, são jogadas de maneira mais “séria” que duplas, que tem sim um caráter “social” inerente.
    – Acho anti-natural ter um circuito de duplas praticamente separado do de simples. Uma boa parte dos jogadores deveria jogar ambos. Mais medidas deveriam ser tomadas neste sentido.
    – Estou torcendo por isso porque, caso se desista de tentar, tenho uma opinião pessimista: está mais fácil o circuito de duplas encolher ainda mais do que se encontrar/implementar soluções para que este fique viável/atrativo/rentável sem grandes nomes de jogadores de simples.
    – Quanto à evolução do jogo de duplas, já houve muitas fases. No tênis clássico, se jogava com uma dupla atacando, com os dois na rede, e outra defendendo, com os dois no fundo. Depois tivemos uma fase longa, de puro ataque, onde não era raro vermos os quatro jogadores na rede. Hoje vejo de tudo, mas na minha opinião aumentou a ênfase no jogo de fundo, pois há duplas de sucesso em que o sacador não vai à rede, coisa impensável antigamente. Devolvedor subindo a rede então é bem raro. Por isso causou estranheza em alguns leitores a blogueira dizer que a frequência do jogo de rede aumentou. Antes, inclusive nos tempos de McEnroe, mais jogadores iam à rede, mas obviamente os quatro não ficavam colados nela. Hoje, às vezes vemos um único jogador na rede (o parceiro do sacador), mas com a barriga encostada na mesma. Daí a observação do Big Mac quanto à capacidade dos voleadores atuais. Acho que todo mundo aqui vê a mesma coisa, tratando-se a discussão gerada de um mal entendido.
    Por falar nisto, Aliny, vc viu a exibição dos Mac´s contra os Bryans? Merece um post. Estes só aliviaram depois de abrir 7 x 0 e fizeram questão, em determinados pontos, de “desmentir” a citada observação do Big Mac, ficando de propósito na linha de saque, voleando tudo, sem errar, tomar passada ou lob, mas também, de propósito, sem matar o ponto, até os Mac errarem. Deu pena dos cinquentões, se é que isto não foi combinado.

    1. A minha intenção é criar uma solução, seja lá qual for, porque sim, a tendência é encolher, se algo não for feito.

      E creio que os Bryans foram lá para o dar o recado mesmo. Apesar de não virem mais a público e brigar por mudanças, como faziam em 2003-2006, eles acharam essa exibição como um meio de ‘avisar’ que as duplas atuais são tão habilidosas quanto de qualquer época.

  25. O mais gozado de tudo isso é que divulgam a vitória do Federer com o Wawrinka, as vitórias do Hutchins por conta da doença que ele superou e não falam nada das vitórias do Soares e do Peya. Soares/Peya vs. Butorac/Klaasen foi o jogo da melhor dupla do ano passado fora os Bryans por mótivos óbvios, contra a sensação da temporada. =/

  26. Cara Aliny. O seu ponto de vista é muito interessante. Só discordo de sua interpretação sobre a frase do Federer quanto ao aspecto social das duplas. Pra mim, ficou claro que ele fez referência à prática recreativa do esporte.

    1. Ele citou a tour para argumentar com a parte social.
      Entrevistador: O que tem em Indian Wells para vocês de simples jogarem duplas?
      Federer: Ajuda a tour, porque duplas é uma parte muito importante do nosso esporte, especialmente socialmente.

  27. Até que ponto a “pasteurização” das quadras e o necessário incremento da preparação física dos jogadores, já que até na grama os jogos tem durado uma eternidade, para aguentar jogos longos em simples contribuíram para esta especialização/divisão?
    No final dos anos 90 e início dos 00, diversos ‘simplistas’ da elite jogavam duplas: Rafter, Kafelnikov, Guga, Hewitt, Bjorkmann… Mas as partidas não era tão fisicamente desgastantes quanto são atualmente. Isto permitia que o maluco-talentoso do Kafelnikov jogasse 30 torneios em simples e 22 em duplas, usando 1999 como exemplo, e justo no ano em que ele tornou-se número 1 do mundo em simples. Ele, inclusive, terminou a carreira com 27 títulos de duplas, um a mais que em simples.
    Hoje não consigo imaginar um top 5 de simples competindo no circuito de duplas pelo desgaste. E quem é muito bom em simples tá fazendo muito dinheiro de premiação, fora sponsors e garantias de torneios, merchans, etc. Um cara desses não vai arriscar se lesionar jogando duplas para tão pequeno retorno financeiro.
    Agora que falta promoção da ATP para o produto duplas, isto falta.

  28. Me poupe Aliny,
    falta de assunto ou vc joga duplas socialmente….
    O que da dinheiro e a qualidade…quem conhece algo de tennis sabe que o jogo duro acontece em simples.
    Adoro jogar duplas, mas o jogo serio ocorre em simples e ponto final.
    Me falaram pra ver este blog que era essencial, mas lamentavel a sua falta de solidez nos argumentos. Apenas redundantes.

  29. Putz, li um por um. A maioria bem interessantes, e um ou outro sem noção.
    Parabéns Aliny, excelentes seus argumentos. Concordo com basicamente tudo. Acho que a saída é limitar o número de duplas que podem entrar na chave combinando o ranking de simples. Teremos torneios em que nem usarão a cota toda, você que acompanha mais a fundo, pode me dizer, chega a ter torneios ontem são quase inexistentes as duplas formadas por simplistas? E mais, no caso os simplistas que levem a sério também o circuito de duplas, forem conquistando seus pontos, podem deixar de depender do ranking de simples, passando a entrar na chave com o ranking de duplas.
    O circuito de duplas tem um bom potencial, mas a ATP ainda não achou a fórmula correta pra explorá-lo ao máximo. Não gosto do No Ad e do Match Tiebreak quando estou em quadra, mas gosto dele no formato de duplas. Eu, que acompanho tennis a mais de 20 anos, tenho certeza que temos muito mais jogos de duplas transmitidos hoje, do que 10 anos atrás e olha que ainda são poucos. E isso, na minha opinião, se deve a dois fatores: Soares e Melo em grande fase e garantia de jogo curto, não atrapalhando a grade. Claro, seria muito legal acompanhar outras duplas além dos brasileiros, prefiro muito mais acompanhar um duelo de duas duplas top 10 do que Donskoy x Anderson. Falta aí um trabalho da emissora, eles deveriam investir em pesquisas para identificar as preferências dos telespectadores.
    Acho que me estendi demais, fico por aqui, um abraço!

    1. Os times de simplistas não acontecem com muita frequência em torneios menores, apenas os que realmente jogam duplas em quase todos os torneios entram.

      Sim, também acredito nessa construção de ranking. Foi o que Isner/Querrey fizeram em 2010. Procuraram construir um ranking nos torneios em que conseguiam entrar e foram top 30 por um bom tempo. Ambos sofreram com algumas lesões de lá pra cá e agora estão tentando retomar essa parceria de novo. Hoje venceram os campeões do AO. Eles sabem do potencial que tem e levam a sério isso.

      Sobre transmissão, é realmente uma tristeza. O formato no-ad e o match tie-break foram implementados justamente para ajustar ao formato televisivo, mas acabou não adiantando muito. E sim, aqui no Brasil temos um mercado em alta, pelo sucesso do Bruno e do Marcelo. Dava para aproveitar melhor este fator, introduzindo outras duplas e apresentando melhor o circuito para o pessoal.

      1. Provavelmente você sabe que, em 2010, Querrey foi eliminado na primeira rodada da chave de simples em Roland Garros e simplesmente desistiu de jogar duplas, mesmo sendo cabeça de chave ao lado do Isner. Ele teve a hombridade de não fingir contusão e assumiu que preferia voltar para casa mais cedo do que jogar duplas. Você chama isso de levar a sério? Você acha que ele abriria mão de disputar uma partida de simples em um Grand Slam?

  30. Não lembro exatamente o ano disso mas, no caso de Isner/Querrey eu lembro que o pessoal do MTF ficou bolado pois estavam querendo que eles jogassem mais torneios juntos e brigassem pelo Finals, pois eles já tinham conquistado bastante pontos e poderiam lutar pela vaga, mas, nada disso aconteceu e os dois nem tentaram direito. Uma pena. Eu pessoalmente não acho que Isner e Querrey tenham interesses em ir para o Finals ou coisas assim, o lance deles é mais participar de alguns torneios, mas, sem muito foco nas duplas mesmo. Eu acho pelo menos.

    1. Não penso em Finals para eles também. Acho uma dupla muito boa e que gosta de jogar de tênis. Depende de como eles querem encarar isso agora, até porque o Querrey é o maior dos ‘problemas’ do time. Tem sempre algo acontecendo com ele.

  31. Hoje será o dia de separar os homens das crianças nas duplas….3 duplas especialistas contra 3 convidadas (ainda que Isner e Querrey tenham algum histórico).

    No meu caso, vou torcer muito para que os 3 times tradicionais vençam, até para os malas do Stepanek/Paes

  32. Quem sabe um dia exista uma DTA (Double Tennis Association) e possam acontecer torneios so de dupla, e possam existir mais times que so jogam duplas. Acho que a separação faria com que o tenisd e dupla saisse um pouco da sombra e do abandono da ATP. Sei la, so uma opinião.

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