A final de Wimbledon foi uma das mais emocionantes e disputadas dos últimos anos. Os gêmeos Bob e Mike Bryan foram derrotados pelos jovens Jack Sock e Vasek Pospisil em cinco sets, sendo altamente comentado pelas redes sociais. Porém, a maioria dos comentários continham o mesmo conteúdo: estariam os Bryan em crise? Acabou o reinado dos Bryan? A resposta é simples: não.
Não há crise. Eles são a melhor dupla da história? Sim. Porém a imagem que a maioria das pessoas possuem dos dois é aquela do atípico ano passado, dominando quase que completamente o circuito. Bob e Mike conquistaram três dos quatro slams do ano, algo que não acontecia desde 1991 com Fitzgerald e Järryd, além de outros oito títulos, que incluem cinco Masters 1000, e quatro finais. 2013 foi um ano fantástico na carreira de ambos e todos, inclusive eles, admitem que foi algo fora do padrão. Absurdo. Inconcebível. Atípico.
Houve, sim, uma queda de rendimento agora, o que é um tanto quanto comum, visto que é praticamente impossível manter um altíssimo e atípico nível por muito tempo. Essa queda, aliás, aconteceu pela terceira vez na carreira dos gêmeos. Em 2007 e 2010 a dupla apresentou um ótimo rendimento, conquistando 11 títulos em cada uma das temporadas, assim como em 2013, e, no ano seguinte, ganharam menos títulos. Simplesmente acontece, uma hora ou outra.
Aliás, quisera eu estar em “crise” e, mesmo assim, ser a dupla com mais títulos e mais pontos acumulados na temporada. Não há motivo de pânico, não há porque questionar e muito menos especular. 2013 foi sensacional e não deve usado como comparação, simples assim.
Eu ainda gostaria de ver outra dupla batendo de frente para termos uma rivalidade. Uma hora Peya/Soares, outra Granollers/Lopez, Kubot/Lindstedt, Paes/Stepanek, Nestor/Zimonjic, etc.
E eu gostaria de ter uma crise dessa, quando se é o top 1 na corrida e no ranking rs rs.