O britânico Ross Hutchins desembarcou no Brasil para acompanhar o Brasil Open, torneio disputado em São Paulo. Há poucos dias, Hutchins também estava no torneio de Roterdã exercendo sua nova função, a de responsável pela relação entre os tenistas e a ATP. Rosco, como é conhecido, está viajando pelo mundo conferindo os torneios e detectando os problemas que estes têm, com o objetivo de melhorá-los.

Pouco antes de assumir a posição na ATP, o britânico era um dos melhores duplistas do mundo, com cinco títulos conquistados e nove vices. Ao ser questionado se sente saudades de jogar tênis, ele admitiu que sim, mas que o cargo atual o satisfaz muito. “Estou muito contente com esta nova profissão. Eu sinto falta de jogar tênis, claro, mas não estou triste por não estar jogando, sabe? Estou muito feliz, adoro trabalhar para a ATP. Este lado de tentar melhorar o esporte e não o meu próprio desempenho é muito interessante e prazeroso.”

Hutchins não frequenta a América do Sul desde 2008, quando jogou o torneio de Viña del Mar. Agora, fazendo parte da ATP, o britânico quis entender como funciona a gira latina e ficou impressionado com o que viu em São Paulo. “A quadra é fantástica, a atmosfera também. Agora, na ATP, vim dar meu apoio para esses torneios, que são muito importantes para nós”, comentou.

Na edição de 2013, o torneio paulista recebeu muitas críticas por parte dos jogadores, mas Hutchins desconhecia até o momento. “Não fiquei sabendo do lado ruim do torneio porque na época estava jogando. Mas realmente fiquei impressionado com o torneio agora, a estrutura é fantástica e os jogadores são tratados muito bem, só tenho coisas positivas a dizer. Claro, algumas mudanças podem ser feitas para melhorar, mas os melhores torneios do mundo também podem melhorar. Este torneio tem meu apoio”, enfatizou.

Rosco também destacou a ótima fama da gira latina pelo mundo. “Existe uma tradição de torneios aqui na América Latina desde 2001, são 14 anos! Nós, da ATP, damos um grande valor a essa gira e toda esta tradição é comprovada com a quantidade de pessoas que assistem o torneio, todos os patrocinadores, as transmissões televisivas e tudo mais. “

Os problemas que as duplas enfrentam atualmente é um assunto diário na vida de Hutchins. “É questão de conversar com as pessoas, procurar os pontos positivos das duplas e pensar se mudanças são realmente necessárias. Sabe, pegamos uma folha em branco e pensamos ‘Onde as duplas estão agora e onde queremos que as duplas cheguem no futuro’, que é o mesmo que pensamos no circuito como um todo”, contou o britânico sobre o planejamento. “Nós damos muito valor às duplas e aqui no Brasil vocês têm duplistas fantásticos, pessoas que me derrotaram muitas vezes e que têm carreiras incríveis”, comentou, rindo ao lembrar das derrotas.

Por fim, o britânico enumerou algumas mudanças que está fazendo para a melhora do circuito de duplas. “Eu, como um grande fã das duplas, estou trabalhando para melhorar o conteúdo no site da ATP e a quantidade de transmissões das partidas na internet. Se olharmos para o último Finals, as duplas foram incríveis! Nós precisamos tentar reproduzir isso mais e mais, porque o produto está lá, e é por isso que estamos estudando para melhorar a distribuição desse produto, o que é um tanto quanto complicado”, finalizou.

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