Quando se trata de Copa Davis, desde 2011 a notícia é a mesma: Bruno Soares e Marcelo Melo vencem adversários e conquistam ponto para o Brasil. Hoje, em Buenos Aires, os mineiros venceram pela oitava vez consecutiva na competição contra os argentinos Carlos Berlocq e Diego Schwartzman, com parciais de 7/5, 6/3 e 6/4, e colocaram o Brasil na frente.

Foto: Divulgação/VIPCOMM
Foto: Divulgação/VIPCOMM

A troca na escalação de Federico Delbonis por Berlocq não foi impressionante e nem surpreendente. Berlocq e Schwartzman haviam disputado o torneio de Buenos Aires justamente a pedido do capitão argentino Daniel Orsanic, além de Delbonis ser uma boa opção na partida de simples contra Thomaz Bellucci, sendo necessário o descanso no sábado.

Hoje, Berlocq e Schwartzman demonstraram uma boa resistência, principalmente no primeiro set, cedendo à pressão apenas nos minutos finais da etapa, momento em que Bruno surpreendeu o time adversário com uma devolução vencedora e quebrou o saque de Schwartzman. No começo do segundo, os argentinos saíram na frente após três duplas faltas de Soares, confirmando posteriormente e abrindo 2/0. A vantagem, porém, parou por aí. Os mineiros reagiram e conquistaram cinco games seguidos, desestabilizando Berlocq e Schwartzman novamente e seguindo o fluxo anterior da partida, levando a vitória para a equipe.

Principal nome da partida, Marcelo Melo segue em boa fase. A conquista do título em Acapulco e semifinal no Australian Open ao lado do seu habitual parceiro Ivan Dodig, além de outras duas semis com dois parceiros diferentes mostram a versatilidade de Melo em quadra a cada semana. Apesar das trocas necessárias, o mineiro adapta-se facilmente e mantém o alto nível, sendo um tenista difícil de parar.

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A situação de jogar no ambiente de Copa Davis é intimidadora, ainda mais em confrontos fora de casa e num piso lento, mas isso não parece abalar os brasileiros. Pelo contrário, até. A pressão cai do lado de seus adversários, que sabem que enfrentarão dois dos melhores duplistas do mundo, responsáveis pela derrota dos irmãos Bryan nos Estados Unidos, números 3 e 12 do ranking e invictos a oito jogos. Os caras.

A importância que o ponto das duplas representa para a equipe brasileira nos últimos anos é grande. Enorme. Gigantesca. O ‘turning point’ do Brasil. E tê-lo garantido assim, sempre agraciado com boas performances e alta intensidade, traz segurança para o elenco que agora precisa de mais um ponto para avançar às quartas de final da Copa Davis.

Por fim, essa invencibilidade dos mineiros é, sobretudo, fruto do incrível entrosamento que Melo e Soares possuem dentro e fora de quadra. Aquela história que todos conhecemos de serem amigos desde pequenos (se é que o Marcelo foi pequeno algum dia) é facilmente detectável ao assisti-los em ação. O entendimento do que se passa não só taticamente mas também internamente com seu parceiro, a confiança mútua, o constante apoio e a motivação de representar o país, aliado à torcida brasileira, fazem de Melo e Soares, ouso dizer, a melhor dupla da Copa Davis. E que dupla.

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