Marcelo Melo está perto de atingir o número 1 e Bruno Soares briga por uma vaga no Finals. Estes são os assuntos mais comentados e questionados no meu twitter. Sabe, quais são as possibilidades, o que precisa acontecer… Bora falar um pouquinho disso tudo?

Começamos com Melo, que tem tudo em seu favor para chegar ao posto de melhor do mundo nas próximas semanas. Mesmo sem Dodig, o mineiro segue fazendo campanhas impressionantes ao lado do sul-africano Raven Klaasen e vem juntando seus pontinhos de cada dia. A final em Xangai deixa Melo com 7580 pontos, enquanto os Bryan, eliminados na estreia pelos colombianos Cabal e Farah, ficam com 8490.

Além do bom desempenho, outros fatores colaboram com o mineiro. Bob e Mike dificilmente disputarão um torneio juntos antes do Masters 1000 de Paris, no qual defendem o título. Bob espera o nascimento de seu terceiro filho e Mike seguirá para Viena ao lado do compatriota Steve Johnson. A defesa do título, aliás, será cruel para os americanos, já que o descarte dos 1000 pontos acontecerá no dia 2 de Novembro, data que dá início ao torneio francês. Até lá, Melo perderá apenas 180 pontos da semifinal feita na Basileia.

Descartando esses pontos de Melo e dos gêmeos e adicionando a final de Xangai, temos os Bryan com 7490 contra 7400 de Marcelo. Um título no Masters 1000 da China, por exemplo, já garantiria o mineiro na liderança lá no início do mês de Novembro. O único que pode impedir isso, porém, é Mike Bryan. Sem seu parceiro de crime usual, o Bryan destro tentará somar alguns pontinhos aqui e ali para evitar o momento histórico de Melo.

Caso consiga, a briga será levada para o Finals. Bob e Mike possuem muitos pontos para descarte (1300), assim como o brasileiro (800). Com todos os pontos subtraídos e a final de Xangai adicionada, os gêmeos ficam com 6285, enquanto Melo terá 6690 garantidos no fim da temporada. Abaixo, temos as tabelas de combinações de resultados para a próxima semana.

melobryansfinal

Terminar o ano liderando o ranking é o maior objetivo de Bob e Mike Bryan em cada temporada, uma vez que significa que seu ano foi excelente e regular. Com mais de 400 semanas no topo, os irmãos passaram poucas vezes fora, sendo Daniel Nestor e Nenad Zimonjic seus maiores adversários nos últimos anos. O último número 1 inédito, aliás, foi justamente Zimonjic, em 2008. Além do canadense e do sérvio, apenas Max Mirnyi, Jonas Bjorkman e Mark Knowles conseguiram chegar ao posto de melhor do mundo desde que os irmãos assumiram a liderança pela primeira vez, em Setembro de 2003.

A possibilidade de Melo ocupando o topo do ranking coroaria o excelente desempenho do mineiro nos últimos anos, que foi de top 30 para as melhores colocações do ranking em apenas 4 anos, mostrando sua evolução constante no circuito. A conquista de Roland Garros quebrou a barreira dos ‘quase’ que o mineiro dizia estar sempre atingindo quando se tratava de títulos quase conquistados. O número 1 é mais um desses ‘quase’ que poderá ser quebrado.

Mudando para Bruno Soares, ele e Alexander Peya continuam na briga por uma vaga no ATP Finals, o torneio que reúne as oito melhores duplas da temporada em Londres. A situação da briga hoje, dia 17 de Outubro, é a seguinte:

finals17

Bruno e Peya disputarão Viena, Basileia e Paris, tendo 2000 pontos ainda em jogo. A ausência de Bopanna/Mergea nos torneios asiáticos por lesão do romeno deram mais esperança para os times abaixo do top 8, que aproveitaram para dar seus pulos. Quem mais aproveitou a situação foram Pospisil/Sock, campeões do torneio de Pequim. Cabal/Farah e Nestor/Roger-Vasselin também saltaram com boas performances em Tóquio e Pequim, respectivamente. Porém, Bopanna e Mergea retornarão em Viena, podendo dizimar as chances dos candidatos ao último posto no Finals.

O mineiro e o austríaco terão que lutar contra o relógio e torcer para que Bopanna e Mergea não consigam bons resultados, já que também disputarão os mesmos 2000 pontos que a dupla de Bruno e Peya. A diferença atual entre as duas equipes é de 715 pontos.

Mesmo estando na frente de Peya/Soares, as chances de Pospisil e Sock são menores. A dupla está programada para disputar apenas Paris e para a classificação precisarão, além de ganhar o torneio, torcer para que Bopanna/Mergea não somem 365 pontos durante Viena, Basileia e Paris. Já Bruno e Peya possuem inúmeras possibilidades. Na tabela abaixo, os pontos que Bopanna/Mergea e Peya/Soares podem conseguir em Viena e Basileia.

brunobops

Apesar da diferença, há muitos pontos em jogo para Bruno e Peya. A dupla precisa de bons resultados nos dois ATP 500s para chegar com chances em Paris, enquanto a esperança de Bopanna/Mergea caindo cedo nos torneios vive. O mesmo é válido para os colombianos Cabal e Farah, que estão apenas 40 pontos atrás do brasileiro e do austríaco e que ainda têm chances de beliscar as últimas vagas.

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