Marcelo Melo e Bruno Soares estrearam com vitória no Rio Open. Em partida contra os convidados Fabiano de Paula e Orlando Luz, os mineiros não tiveram maiores problemas para derrotá-los em 6/2 e 6/3, com 53 minutos de partida.
A partida, que teve início na quarta-feira e foi interrompida pela chuva, voltou a acontecer na tarde desta quinta-feira. Mesmo com os convidados abusando das devoluções e do poaching, a única ameaça que Melo e Soares sofreram foi na retomada do jogo, que voltou no 30-30 do terceiro game, com os mineiros perdendo dois pontos seguidos e tendo a quebra conseguida no game anterior devolvida.
Fabiano de Paula foi quem teve o serviço mais ameaçado, sendo quebrado por três vezes durante o jogo, com duas acontecendo no primeiro set. Os mineiros foram certeiros, trabalhando bem nos ângulos e segurando na rede o potente jogo de fundo de seus adversários.
“Achei que o jogo foi bom. As condições aqui no Rio são complicadas, é muito difícil controlar um bom primeiro saque. Achei que sacamos muito bem e quando jogamos com o segundo saque, foram bons saques e isso é muito importante. Tirando os dois primeiros pontos do meu saque que eu perdi, acho que depois não lembro deles terem chegado em 30, então isso ajuda demais a jogar mais solto na devolução, devolvemos bem e conseguimos quebrar nas horas que precisávamos”, declarou Soares. “Jogar contra eles é sempre ruim. São amigos, brasileiros, o Fabiano é daqui, um cara que quer jogar bem na cidade dele, mas também vem de um ano difícil, voltando de lesão. Quando entra na quadra, não tem jeito, cada um quer fazer a sua parte e essa caiu pro nosso lado”, completou o mineiro.
Ainda questionados pelos Jogos Olímpicos, Melo manteve os pés no chão: “Eu não acho que somos favoritos a ganhar uma medalha, somos candidatos a ganhar uma medalha e, pra mim, é um ponto de vista diferente. Os irmãos Bryan, por mais que eles não estejam jogando no melhor nível deles hoje, pra mim, eles ainda são favoritos.”
Em Olimpíadas, o torneio de duplas torna-se mais imprevisível pela enorme presença de simplistas na chave, mas o número 1 do mundo ainda teme mais os duplistas. “Prefiro enfrentar uma dupla de simples do que uma de duplista, por exemplo. Tem muitas duplas boas de duplistas e as de simples a gente nunca sabe exatamente quais critérios que os países vão usar para escolher. Eu acho que as duplas de duplistas são favoritas, mas não coloco a gente como os primeiros favoritos a ganhar a medalha de ouro, eu acho que são os irmãos Bryan”, continuou Melo.
Ao fim da partida, Marcelo Melo, atual número 1 do mundo, recebeu homenagem do torneio pela conquista. Emocionado, o mineiro confessou que foi pego de surpresa e agradeceu a torcida brasileira e sua família, dizendo que não teria atingido o topo sem o apoio recebido desde o início. “‘Fiquei muito surpreso por receber essa homenagem, já tinha recebido outras em Belo Horizonte, mas não tinha recebido da ATP. Jogar um torneio no brasil como número 1 e receber tanto carinho, me dando uma homenagem com meu nome, eu vou guardar esse troféu pro resto da minha vida”, confessou Melo, visivelmente feliz.
Na próxima rodada, a dupla enfrentará os vencedores da partida entre Dusan Lajovic/Dominic Thiem e Alexandr Dolgopolov/Daniel Muñoz de la Nava, que acontecerá ainda nesta quinta-feira. Quem também venceu foi a dupla formada pelos brasileiros João Souza, o Feijão, e Rogério Dutra Silva, derrotando os lucky losers Guillermo Duran e Philipp Oswald no match tie-break.