Horia Tecau: “É mais fácil ser sequestrado ou assaltado do que pegar zika”

Horia Tecau e Florin Mergea tinham o que dizer durante coletiva de imprensa realizada após a vitória contra os espanhois Feliciano Lopez e Marc Lopez na Copa Davis. Dentre os vários assuntos abordados, os Jogos Olímpicos do Rio de Janeiro foram o palco principal, onde os romenos não mediram palavras.

“Não vamos nos esquecer que este vírus apareceu em 1947. É importante tomar as medidas de proteção necessárias. Mas, pelo que vi, a temperatura não está alta no Brasil e a proliferação de mosquitos não acontece neste período. É claro, o vírus existe e o risco também, mas o nosso objetivo está traçado há muito tempo e queremos muito participar dos Jogos Olímpicos”, declarou Mergea, frisando que se informou o suficiente para evitar qualquer tipo de contratempo.

Sua compatriota Simona Halep anunciou a desistência do Rio citando o zika vírus como motivo e, questionado se pensa em desistir pelo mesmo motivo, Tecau compreendeu. “Respeito a decisão da Simona, é uma decisão dela. Ela sabe o que é melhor para ela. Mas, é claro, sem ela, minha chance de entrar na chave de dupla mista cai bastante, até porque é por ranking. Eu quero jogar duplas masculinas e duplas mistas lá, mas, neste caso, a próxima dupla entrará no nosso lugar. Veremos se conseguirei entrar na fortíssima lista. Mais do que isso, não posso dizer. Foi uma decisão que ela tomou e ela e o time sabem o que fazem”, disse o número 10 do mundo.

Em seguida, a imprensa romena citou a desistência de Raonic e Tecau não poupou. “Não estou preocupado com isso, a desistência dele também significa que estou fora? Sei que o vírus existe em muitos lugares, não é só no Brasil. Nos deram todas as informações possíveis para que possamos agir de modo correto. Nunca, nem por um segundo, pensei em desistir do Rio por causa do zika. Acho que é só questão de respeitar as medidas de proteção. É mais fácil ser sequestrado ou assaltado do que contrair o vírus”, finalizou o romeno.