Os atuais campeões
Mike Bryan e Jack Sock são os atuais campeões do US Open. Bob e Mike Bryan já estão de volta e buscam recuperar sua forma do primeiro trimestre, enquanto Jack Sock continua tendo dificuldades para retornar ao circuito após lesão. A estreia de Sock, que disputa o torneio ao lado do compatriota Jackson Withrow, será complicada, já que enfrentarão Ivan Dodig e Filip Polasek, que estão em grande fase. Já os gêmeos terão a potência de Hurkacz e a habilidade de Pospisil pela frente na primeira rodada. As duplas, aliás, estão no mesmo quadrante, podendo se enfrentar logo nas oitavas de final.

Os brasileiros
O sorteio não foi nada agradável para as duplas dos brasileiros, que acabaram caindo no mesmo quadrante. Melo, Soares e Demoliner, caso avancem, terão que se enfrentar a partir das oitavas de final, antecipando confrontos que poderiam acontecer nos estágios finais do torneio. No entanto, os cabeças de chave mais perigosos, como Cabal/Farah, Rojer/Tecau, Bryan/Bryan e Dodig/Polasek ficaram na outra metade da chave, possibilitando um avanço em Nova Iorque.
- Marcelo Melo e Lukasz Kubot, os cabeças de chave 2 e atuais vice-campeões do US Open, vêm de vitória no torneio de Winston-Salem, nos Estados Unidos. Conquistando seu primeiro troféu do ano, a dupla está com a confiança alta, tendo feito bons jogos na cidade americana. Em Nova Iorque, o sorteio foi bom para o brasileiro e o polonês, com seu primeiro grande desafio sendo nas oitavas, contra a sempre complicada dupla de Henri Kontinen e John Peers.
- Bruno Soares e Mate Pavic finalmente acharam sua sintonia em quadra. Após um começo conturbado, com o desempenho em quadra não refletindo em resultados, a dupla conseguiu sua primeira grande campanha em Cincinnati, parando na semifinal. No US Open, o mineiro e o croata estreiam contra os simplistas Jarry/Garin, sendo um teste e uma boa maneira de começar o campeonato.
- Já Marcelo Demoliner estará ao lado do potente britânico Dominic Inglot, dono de um dos serviços mais pesados do circuito. A dupla disputou o torneio de Winston-Salem como preparação para o US Open, caindo pra Kubot/Melo na estreia. Treinando em Nova Iorque em busca do ritmo, a primeira rodada do gaúcho e do britânico será contra os campeões de Roland Garros, Krawietz/Mies. Será a terceira vez no ano que Demoliner enfrentará os alemães, saindo vitoriosos nas outras duas vezes.
Projeção de [2]Kubot/Melo
R1: Molchanov/Sitak
R2: Kovalik/Ramos-Vinolas ou Lindstedt/Oswald
Oitavas: [14]Kontinen/Peers
Quartas: [6]Pavic/Soares, [12]Krawietz/Mies, Demoliner/Inglot
Semi: [3]Klaasen/Venus, [8]Granollers/Zeballos, [10]Ram/Salisbury, [16]Marach/Melzer
Projeção de [6]Pavic/Soares
R1: Garin/Jarry
R2: Arevalo/O’Mara ou Paire/Zverev
Oitavas: [12]Krawietz/Mies, Demoliner/Inglot
Quartas: [2]Kubot/Melo, [14]Kontinen/Peers
Semi: [3]Klaasen/Venus, [8]Granollers/Zeballos, [10]Ram/Salisbury, [16]Marach/Melzer
Projeção de Demoliner/Inglot
R1: [12]Krawietz/Mies
R2: Krueger/Smyczek ou Damm/Kodat
Oitavas: [6]Pavic/Soares
Quartas: [2]Kubot/Melo, [14]Kontinen/Peers
Semi: [3]Klaasen/Venus, [8]Granollers/Zeballos, [10]Ram/Salisbury, [16]Marach/Melzer
Oi, sumido
Quem vem tendo ótimos resultado num retorno inesperado é o eslovaco Filipe Polasek. O tenista de 34 anos havia parado de jogar tênis em 2013 após um grave problema nas costas, envolvendo seus nervos e os discos, que faziam com que Polasek perdesse o controle de suas pernas depois das partidas. Foi um treino com Mike Bryan na Eslováquia que fez com que o ex-top 20 reconsiderasse a vida de tenista profissional. O norte-americano apontou que Polasek estava batendo bem na bola e que ele com certeza teria nível para um retorno, o que deixou o eslovaco com algumas dúvidas.
Em meados de junho de 2018 o retorno finalmente aconteceu, com Filip recomeçando a sua carreira do zero e disputando futures e challengers. 10 torneios depois o tenista já estava dentro do top 200 e no início de 2019 acabou conquistando seis títulos em challengers, tendo ranking suficiente para finalmente voltar a disputar ATPs, o que aconteceu no 250 de Antalya, na Turquia. Ao lado do croata Ivan Dodig, Polasek saiu com o vice-campeonato no seu primeiro torneio do nível em seis anos. Nos apenas seis torneios ATP em que disputou até agora, o eslovaco conseguiu 19 vitórias e 4 derrotas, incluindo os títulos em Kitzbuhel e Cincinnati, além de uma semifinal em Wimbledon.
O retorno dos franceses
A maior polêmica dos últimos meses envolveu os franceses Pierre-Hugues Herbert e Nicolas Mahut. A dupla disputou seu primeiro torneio juntos em Cincinnati após quatro meses de pausa por Herbert, que preferiu focar no seu jogo de simples. O francês mais novo, porém, acabou disputando outros torneios em duplas, incluindo Wimbledon, o que incomodou Mahut, que foi à publico expressar sua indignação. O incômodo parece ter sido resolvido, já que o time disputou o Masters 1000 americano, data que já estava combinada pela dupla. Resta saber como se sairá a dupla no US Open, tendo o desafio de enfrentar Rohan Bopanna e Denis Shapovalov na estreia.
Melhores jogos
Rojer/Tecau x Chardy/Martin
Herbert/Mahut x Bopanna/Shapovalov
Ram/Salisbury x Harrison/Querrey
Dodig/Polasek x Sock/Withrow
Bryan/Bryan x Hurkacz/Pospisil
Pavic/Soares x Garin/Jarry
Demoliner/Inglot x Krawietz/Mies
Kontinen/Peers x Gonzalez/Qureshi
Onde assistir
O último Grand Slam do ano tem os direitos de transmissão divididos entre o Sportv e a ESPN. É possível ver todas as quadras pela plataforma digital da ESPN, o Watch ESPN, além dos dois canais na televisão. Pelo Sportv, a transmissão fica no terceiro canal. Confira a chave completa de duplas e aproveite tudo de Nova Iorque!