Marcelo Demoliner encerrou a temporada de 2019 com chave de ouro. Na última semana, o gaúcho e o seu parceiro, o holandês Matwe Middelkoop, foram os campeões do ATP 250 de Moscou, na Rússia, ao derrotarem a dupla do italiano Simone Bolelli e o argentino Andres Molteni em rápidos 6/1 e 6/2. Neste ano, Demoliner também fez finais nos ATPs 250 de Zhuhai, na China, e Munique, na Alemanha, além de uma conquista no challenger australiano de Camberra. Satisfeito com o fim de ano e dentro do top 50, o gaúcho conversou com o Match Tie-Break, avaliando o momento e o futuro de sua parceria.

Ao lado de Middelkoop, Marcelo disputou quatro torneios, saindo com um título e uma final. “Essas duas semanas com o Matwe, que a gente fez duas finais, foram bem boas. Ele cobre os meus defeitos e eu cubro os dele. Estamos bem entrosados e também com um técnico, então está bem profissional. E com esses resultados, depois que acabou Moscou, nós conversamos e decidimos jogar o ano que vem juntos, então é só coisa boa”, comemorou o brasileiro.
De 2016 até o momento, Demoliner teve 40 parceiros diferentes, fixando algumas parcerias no caminho, mas com pouca estabilidade. Ainda com as idas e vindas de duplas fixas e de momento, o gaúcho fez onze finais nos últimos quatro anos, com dois títulos e nove vices. “É bom ter um parceiro fixo de novo. Eu estava buscando isso, alguém que me complementasse, que cobrisse meus defeitos. Ele joga muito bem de fundo, devolve muito bem e também tem um saque muito sólido. Precisa melhorar bastante na rede, mas ali eu compenso. A gente forma uma dupla boa, perigosa”, enfatizou Marcelo, ciente das armas mais perigosas de seu parceiro.
Atuais 47 e 54 do mundo, Demoliner e Middelkoop sabem que a entrada direta ainda é complicada e que não será possível disputar toda a temporada de 2020 juntos: “Vão ter torneios que não vamos entrar juntos ainda, por causa do ranking, então vamos ter que entrar com outros parceiros ali no momento, mas isso é normal.” Nos Masters 1000, o ranking combinado fica na casa dos 60, enquanto nos ATP 500s a entrada na chave principal gira por volta dos 80, com a possibilidade de disputar o qualifying.
Já de olho no ano que vem, o brasileiro está otimista para a próxima temporada. “Com parceiro fixo e esses resultados de fim do ano, a expectativa pra 2020 é boa. Se a gente conseguir subir ainda mais o nível e ir pros torneios maiores, vamos ser mais perigosos. Precisamos manter uma regularidade boa nos 250, o que vai ajudar bastante no ranking. E, óbvio, temos muito que melhorar e treinar. Estou tentando trazer o Matwe pro Rio por umas duas semanas na pré-temporada pra gente treinar juntos, ainda estamos vendo”, finalizou Demoliner, visando a melhor preparação possível para o sucesso da dupla.