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Foto: Reuters

Pierre-Hugues Herbert e Nicolas Mahut são os atuais campeões do Australian Open. Entrando no sexto ano de parceria, Herbert e Mahut vão em busca da defesa do título e do quinto Grand Slam da dupla. Em Melbourne, os franceses são os cabeças de chave 1 da competição e estrearão contra Simone Bolelli e Benoit Paire. O italiano já foi campeão na Austrália em 2015, ao lado de Fognini. No caminho, muitas pedras. Soltos na chave, Henri Kontinen (campeão do Australian Open em 2017) e Jan-Lennard Struff podem se encontrar com a dupla nas oitavas, assim como os cabeças de chave 15 Gonzalez/Martin, que foram os campeões do ATP 250 de Adelaide na última semana.

Projeção de Herbert/Mahut
R1: Bolelli/Paire
R2: Gille/Vliegen ou Andujar/Lopez
Oitavas: [15]Gonzalez/Martin, Kontinen/Struff
Quartas: [6]Granollers/Zeballos, [11]Ram/Salisbury, Demoliner/Middelkoop
Semi: [3]Krawietz/Mies, [5]Koolhof/Mektic, [10]Pavic/Soares, [14]Murray/Skupski

Os brasileiros
[2]Marcelo Melo e Lukasz Kubot
Marcelo Melo está de volta na Austrália. O mineiro, que não disputou a última edição por lesão, estará ao lado do seu parceiro Lukasz Kubot em busca do segundo Grand Slam da dupla. Os cabeças de chave 2 terão a sua estreia contra os argentinos Guillermo Duran e Diego Schwartzman. Os maiores desafios aparecerão a partir das quartas, com [8]Rojer/Tecau e [9]Klaasen/Marach no caminho. Em Adelaide, torneio preparatório para o Australian Open, Melo e Kubot enfrentaram Klaasen/Marach na estreia, vencendo a partida em sets diretos.

Melo conversou com o blog, estando otimista com a preparação da dupla. “Estamos treinando muito bem, hoje (segunda-feira) fizemos duas sessões de treino antes da chuva. É muito bom estar de volta depois de ter ficado de fora no ano passado por causa da lesão. Muito feliz mesmo, o complexo está até diferente, muito legal, algumas coisas mudaram e estão atualizadas”, disse o mineiro, feliz pelo retorno. “A estreia contra os argentinos vai ser difícil, o Schwartzman vem jogando muito bem em simples, mas estamos bem contentes com a forma que estamos jogando, fizemos um bom jogo em Adelaide. Agora temos que esperar o dia em que vamos jogar por causa da chuva, provavelmente na quinta-feira, eu acho”, completou Melo, já na expectativa para a estreia.

Projeção de Kubot/Melo
R1: Duran/Schwartzman
R2: Gonzalez/Skupski ou Kwon Millman
Oitavas: [16]Krajicek/Skugor
Quartas: [8]Rojer/Tecau, [9]Klaasen/Marach
Semi: [4]Dodig/Polasek, [7]Peers/Venus, [12]Melzer/Roger-Vasselin, [13]Bryan/Bryan

[10]Bruno Soares e Mate Pavic
O fim de 2019 foi bem animador para a dupla, que finalmente conseguiu transformar a performance em um troféu ao levantar o título do Masters 1000 de Xangai. Os torneios preparatórios para o Australian Open, porém, terminaram com uma vitória e duas vitórias. Em Melbourne, a dupla tem um começo de chave complicado, estreando contra Luke Bambridge e Ben McLachlan, campeões do ATP 250 de Auckland, e tendo uma segunda rodada contra Busta/Sousa, simplistas que estão sempre nas chaves duplas, ou  o time de especialistas Sharan/Sitak.

Bruno destacou o difícil início de ano marcado por lesões. “A nossa grande preocupação é que o Mate, no primeiro treino lá em Doha, sentiu as costas. Travou na parte de cima, perto do pescoço. Já tem duas semanas que ele está muito limitado. Jogou Doha bem no sacrifício, não conseguia nem sacar. A situação já estava bem melhor em Auckland, mas ainda não estava 100%. Treinamos super bem nos últimos dias, temos feitos belos treinos e bons sets contra duplas fortes… Mas até agora, nos três jogos da temporada, a gente não conseguiu jogar nenhum 100% fisicamente. Eu estou me sentindo super bem, fisicamente e tenisticamente, jogando bem. O Mate também, ele fez uma belíssima pré-temporada, mas infelizmente teve esse pepino bem no primeiro dia de treino”, disse o mineiro.

Questionado sobre as expectativas, Soares está animado. “A cabeça está boa, estamos bem empolgados. É um lugar que a gente joga bem, nós temos boas memórias, tanto eu quanto ele. Pegamos uma primeira rodada super complicada, uma dupla que foi campeã na semana passada, formada por dois caras que sacam super bem. Vai ser um jogo de muito detalhe, provavelmente com poucas oportunidades. Mas estamos muito focados no jeito em que terminamos a última temporada. Bom, tenisticamente, né, não de lesão, porque aí começou do jeito que terminou, com o Mate machucado. (risos) A gente sabe o nível que podemos jogar e que estamos de igual pra igual com qualquer dupla. É focar nisso, tentar trazer esse ritmo e a confiança de volta pra 2020”, finalizou Bruno, confiante nas chances da dupla.

Projeção de Pavic/Soares
R1: Bambridge/McLachlan
R2: Carreno Busta/Sousa ou Sharan/Sitak
Oitavas: [5]Koolhof/Mektic
Quartas: [3]Krawietz/Mies, [14]Murray/Skupski
Semi: [1]Herbert/Mahut, [6]Granollers/Zeballos, [11]Ram/Salisbury, [15]Gonzalez/Martin

Marcelo Demoliner e Matwe Middelkoop
A dupla, que começou a parceria no fim de 2019 e já tem um título e uma final, quer continuar com o mesmo ritmo em 2020. Tanto que Middelkoop fez sua pré-temporada no Rio de Janeiro ao lado de Demoliner para afinar a dupla. Os resultados nos primeiros torneios, porém, foram duros para o time, que caíram em duas primeiras rodadas resolvidas nos detalhes do match tie-break. Em Melbourne, Demoliner e Middelkoop podem enfrentar os cabeças 11 Ram/Salisbury logo na segunda rodada.

“Estamos jogando muito bem. Nós tivemos dois jogos agora no detalhe, com equipes fortes, então estamos felizes. Logo esses detalhes vão cair pra gente, tenho certeza”, disse o gaúcho, confiante no futuro da dupla. “Eu sempre gosto de jogar o Australian Open, já fiz duas oitavas nas duplas e também uma semi nas mistas, então me sinto bem aqui. Nós temos treinado forte aqui, duas vezes ao dia, e se preparando na melhor maneira que podemos. Não vamos dar moleza, não!”, completou Demoliner.

Projeção de Demoliner/Middelkoop
R1: Sandgren/Withrow
R2: [11]Ram/Salisbury ou Fucsovics/Norrie
Oitavas: [6]Granollers/Zeballos
Quartas: [1]Herbert/Mahut, [15]Gonzalez/Martin
Semi: [3]Krawietz/Mies, [5]Koolhof/Mektic, [10]Pavic/Soares, [14]Murray/Skupski

A grande ausência
Robert Farah é a ausência notável do Australian Open. Suspenso por doping, o colombiano não disputará o Grand Slam australiano, quebrando uma sequência de oito edições jogadas. Com a notícia sendo recente, Juan Sebastian Cabal buscou um parceiro de última hora e disputará o torneio ao lado do espanhol Jaume Munar, que estava inscrito nas duplas com o seu compatriota Fernando Verdasco.

Neste último domingo, o ciclista colombiano Fabián Puerta falou com a imprensa local. Também suspenso por doping da mesma substância, a boldenona, e na mesma circunstância, com provável ingestão de carne contaminada, o ciclista declarou que até hoje, 17 meses depois de ter recebido a notificação da WADA, não conseguiu provar a sua inocência e desejou boa sorte para Farah, já adiantando que o processo não será fácil. Resta saber os próximos passos de Cabal, que terá que continuar no circuito sem o seu parceiro fixo.

Uma última vez
Bob e Mike Bryan estão disputando o seu último Australian Open da carreira. Os gêmeos, que se aposentarão nesta temporada, estão em ritmo de adeus. Em sua vitoriosa carreira, Melbourne é o Grand Slam em que os norte-americanos mais conquistaram títulos, sendo campeões em seis oportunidades. O sucesso na Austrália foi tanto que entre os anos 2004 e 2013 a dupla chegou em nove finais, caindo antes em apenas um ano. Com o seu último título de Slam tendo sido conquistado em 2014, no US Open, resta saber se a atitude mais tranquila, que os gêmeos admitiram estar seguindo, adicionará mais um fator de perigo à maior dupla de todos os tempos.

Uai, mas já não tinha ido?
Se você deu uma olhadinha na chave completa, já percebeu que tem um nome que continua aparecendo. Lleyton Hewitt, que anunciou a aposentadoria em 2016, está em mais uma chave de duplas. Dessa vez, o australiano dividirá a quadra com o compatriota Jordan Thompson. Uma aposentadoria um tanto quanto flexível.

Melhores jogos de primeira rodada
[1]Herbert/Mahut x Bolelli/Paire
[7]Peers/Venus x Nielsen/Puetz
[8]Rojer/Tecau x Inglot/Qureshi
[10]Pavic/Soares x Bambridge/McLachlan
[14]Murray/Skupski x Hurkacz/Pospisil

Onde assistir
A tradicional transmissão de todas as quadras no site oficial do torneio não acontecerá este ano. Os assinantes dos canais ESPN, porém, poderão continuar acompanhando todos os jogos através da plataforma Watch ESPN. Na televisão, o torneio estará nos canais ESPN e ESPN2.

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