Após pouco mais de um ano ao lado do croata Mate Pavic, Bruno Soares voltará a ter Jamie Murray como seu parceiro em 2021. O mineiro passou três temporadas e meia de sucesso ao lado do britânico, sendo campeões do Australian Open e do US Open em 2016, além de terem encerrado este mesmo ano como a dupla número 1 da temporada. No total, foram 10 títulos conquistados pela parceria.

“O Jamie ficou sabendo que a minha parceria com o Pavic havia terminado e pouco tempo depois recebi uma mensagem dele, avisando o interesse em retomar a parceria”, disse o mineiro. A separação da dupla aconteceu após Roland Garros, em 2019. Na época, Bruno contou ao blog que a iniciativa foi de Jamie, sentindo que os resultados da dupla não estavam mais acontecendo, e que ele concordou, já que o ano de 2019 do time não embalou.
Soares, então, iniciou a parceria com o croata Mate Pavic logo na temporada de grama. Com altos e baixos, o time conquistou os títulos do US Open deste ano e do Masters 1000 de Xangai, no ano passado, além de finais em Roland Garros, Masters 1000 de Paris e ATP 250 de Estocolmo. A decisão de Pavic em terminar a parceria, porém, pegou Bruno de surpresa: “Tivemos uma conversa depois da final do Masters 1000 de Paris. O Mate expôs que estava insatisfeito com algumas coisas e que não queria continuar a parceria. Não concordo com nada do que ele expôs, nós estávamos indo muito bem, ainda mais com o título no US Open e a final em Roland Garros, mas vida que segue. Fui pego de surpresa.”
Apesar da situação, Soares e Pavic continuam vivos no Finals e em busca de uma vaga na semifinal. O time enfrentará Peers/Venus nesta sexta-feira para garantir a classificação. “É, vou pensar em 2021 depois. Agora estou focado no Finals e no número 1”, finalizou o mineiro, pensando nos objetivos finais do ano. Além de um título inédito na carreira, o mineiro e o croata podem terminar o torneio como a dupla número 1 do ano.
Estranho o Pavic ter dito estar insatisfeito com algumas coisas tendo a dupla, em menos de 2 anos, alcançado resultados expressivos. Mas deve ter sido sincero, já que teria sido mais fácil e compreensível se tivesse dado como desculpa a necessidade de entrosamento com o Mektic visando a Olimpíada.
Duro para o Bruno ter que lidar com duas separações em menos de 1 ano.