Coisas que eu acho da IPTL

A primeira etapa da IPTL acabou de ser finalizada e muitos comentários acerca do torneio estão sendo feitos. Os americanos, principalmente, estão vendo com maus olhos, questionando cada uma das mudanças feitas.

Eu, pelo contrário, tenho uma impressão muito boa da IPTL. Desde que foi anunciada por Bhupathi, pareceu ser o que exatamente é: uma exibição por equipes com regras diferentes e que possui o objetivo de levar as grandes estrelas do tênis para a Ásia, em países que não possuem muitas oportunidades de ver um alto nível de tênis. Simples assim.

Ao contrário do que Matt Cronin disse em seu texto recente, ninguém está procurando pontos nas férias e todos sabem de seus calendários e responsabilidades quando fora da temporada. Brad Gilbert também decidiu pegar no pé do torneio, questionando até a hashtag usada pelo twitter de divulgação. [tweet https://twitter.com/bgtennisnation/status/539073989809684480]

A IPTL é sobre união, diversão e promoção do esporte. Temos a brilhante oportunidade de ver parcerias inusitadas como Andy Murray e Maria Sharapova jogando juntos, Serena Williams recebendo apoio de Bruno Soares e Bopanna e Monfils dançando juntos. Acima de tudo, a celebração do esporte e da união.

Foto: Sports Collection/Getty Images
Foto: Sports Collection/Getty Images

Há, é claro, dinheiro envolvido, o que não é surpresa para ninguém, já que a IPTL funciona no sistema de draft e não deixa de ser uma exibição. Os maiores tenistas sempre fizeram exibições no fim de ano, ou seja, nada mudou. Com ou sem a IPTL isso continuará a acontecer.

Vale lembrar que nos Estados Unidos há um torneio num formato semelhante, o WTT, que é disputado no meio da temporada e também não dá pontos. O objetivo, aliás, é o mesmo. Não há muitas competições por equipes no tênis e, através de torneios como a IPTL e o WTT, é possível transformá-los em promoção, não só do esporte, como também das grandes marcas que patrocinam os eventos e times, sendo emocionante para os tenistas, fãs do esporte e patrocinadores. Todos saem ganhando. Mas ninguém nunca questionou a existência do WTT ou o cansaço gerado pelo torneio nos jogadores que participam.

O que parece, na visão dos americanos, é que há uma disputa entre a IPTL e o WTT. A IPTL está sendo transmitida nos EUA apenas em pay-per-view, enquanto o WTT não possui transmissão fora do país. Besteira ver assim, já que são disputados em épocas diferentes, possuem diferentes regras e acontecendo em lugares diferentes. Apesar do formato semelhante são, como podem ver, diferentes.

Não entendo a hostilidade americana, já que parecem estar dando um tiro no próprio pé. Enquanto isso, a IPTL está sendo um sucesso, com um bom envolvimento do público, jogadores e patrocinadores. Quem ganha são os fãs, que têm a oportunidade de ver os maiores tenistas do circuito pelo preço que pode pagar.

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Dança das Cadeiras 2015

Mais um fim de temporada, mais uma dança das cadeiras. Após o término do US Open, as duplas começaram a mexer seus pauzinhos para a temporada de 2015 e já temos alguns nomes confirmados. Acompanhem, com imagens meramente ilustrativas, o que virá por aí.

Bopanna/Nestor – o indiano Rohan Bopanna não teve uma boa temporada ao lado do paquistanês Aisam-ul-Haq Qureshi e uniu forças com Daniel Nestor por três vezes em 2014, continuando a parceria no ano que vem. Nestor, aliás, fez um ano forte ao lado de Zimonjic, com quem já havia competido por outros três anos.

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Butorac/Groth – Uma das parcerias mais inusitadas. Butorac, que fez final de Australian Open e excelente início de temporada com Raven Klaasen, decidiu apostar no sacador Samuel Groth, que também fez um grande ano com Guccione.

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Paes/Klaasen – Provavelmente o novo time mais interessante. Paes passou por um ano conturbado, recheado de problemas pessoais, o que colaborou com sua queda no ranking e distanciamento do tênis. Klaasen, por outro lado, teve uma boa temporada ao lado de Eric Butorac. Agora, com rankings parecidos, o indiano e o sul-africano unirão forças.

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Zimonjic/Llodra – Bom, era um time. Llodra anunciou sua aposentadoria e tinha planos para seguir jogando duplas, mas a necessidade de uma cirurgia adiou seu futuro. Com expectativa de pelo menos 4 meses fora, o sérvio está sem parceiro até o momento.

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Lindstedt/Matkowski e Fyrstenberg/Gonzalez – Após 13 anos juntos, os poloneses Fyrstenberg e Matkowski resolveram dar um tempo. Lindstedt, campeão do Australian Open com Lukasz Kubot, seguirá em 2015 com Matkowski, enquanto Fyrstenberg buscou o mexicano Santiago Gonzalez.

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Cuevas/Marrero – Marrero confirmou a informação e declarou que competirá com Cuevas na maior parte da temporada, mas terá Verdasco ao seu lado em algumas oportunidades. Verdasco, com problemas físicos, diminuirá a quantidade de jogos, aumentando o foco em simples.

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Inglot/Mergea – O par deve continuar após um bom início de cooperação no fim de 2014. Inglot demonstrou-se animado e entusiasmado com a parceria.

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No mínimo esperançoso

O Finals sempre foi definido como ‘o maior palco do tênis’ e dessa vez não foi diferente. Mas os protagonistas mudaram. Um torneio de simples com pouca emoção trouxe os olhares para as linhas maiores da quadra.

O torneio, com a atual diretoria, sempre deu uma atenção especial para as duplas, com uma boa programação e divulgação, atraindo um bom público, mas desta vez foi diferente. Tivemos o mundo inteiro cativado pela velocidade das jogadas e pela qualidade dos jogadores. O público novo identificou-se com o jogo.

Foi uma semana simplesmente brilhante. Foram quinze partidas de altíssima qualidade, disputadas do início ao fim. Mesmo a que apresentou um placar diferente, a semi entre Bryans e Benneteau/Vasselin, contou com pontos fantásticos que tiravam qualquer um da cadeira.

O interessante é que Bob e Mike Bryan, durante a semana, expressaram uma certa preocupação com o futuro das duplas, principalmente pela baixa divulgação dos atletas e inexistência das transmissões de jogos, causando pouco interesse no resto da temporada. Eu diria que o Finals é o modelo perfeito de torneio a ser seguido quanto ao marketing. Não há desvio de atenção, os atletas são os astros e o tênis, tratado como um todo, a atração principal. O público escolhe o que irá consumir de informação, não havendo a imposição de partidas. O que acontece em Londres pode ser visto pelo mundo inteiro, sendo na internet ou na televisão. O esporte se beneficia disso.

Se depender dos atletas e dos fãs, as duplas terão uma longa vida. Se depender da burocracia por trás de todos os contratos de transmissão e da lentidão da ATP quanto ao marketing, podemos começar a temer. Mas esta semana me trouxe um pouco de esperança. Talvez, com tudo o que aconteceu, podemos esperar uma reflexão dos manda chuvas. As duplas podem sim trazer lucro e beneficiar o esporte, basta deixar que os coadjuvantes assumam a posição de protagonistas junto a simples, reconstruindo sua história.

Espetacularização, herois e palcos

Com a crescente espetacularização das modalidades, outros segmentos além da prática em si chamam a atenção, como a gestão, o marketing e a administração das grandes ligas e associações, temas recentes e muito pesquisados no âmbito esportivo. O esporte, tratado como um fenômeno de massa, depende de figuras centrais, tidas como heróis, para que consiga despertar a atenção do público e, assim, permaneça no cenário mundial.

O tênis é uma das modalidades mais populares do mundo e que atrai milhões de espectadores e praticantes todos os anos com suas grandes estrelas, os tais herois que a literatura da psicologia esportiva aponta, disputando os principais campeonatos. Com torneios em todas as semanas do ano e em diferentes partes do mundo, tanto o público presente quanto o marketing e a venda de transmissões televisivas para as emissoras locais, internacionais e internet são essenciais para o crescimento do esporte.

O primeiro ponto a ser abordado é a promoção da imagem dos principais atletas através de campanhas, essencial para a venda do produto e figura pouco presente no mundo das duplas, dificultando o crescimento do interesse em um possível público. Um bom marketing busca certos aspectos atrativos do produto em questão para aumentar sua visibilidade e gerar identificação do público com os personagens principais, sendo o das duplas a dinamicidade do jogo e a maior prática entre os tenistas amadores.

Essa promoção aumentou com o passar do tempo, mas permanece até hoje focada no top 10 de simples, o que foi notado por Bruno Soares: “Eles promovem mais os jogadores no top 4, top 10, o resto fica muito pra trás. Obviamente tem que ter uma atenção maior no top 4, já que eles atraem e levam coisas boas pro esporte, mas eu acho que tem que ter uma promoção dos jogadores de menos destaque, que não tem um ranking alto mas estão no top 50, e o pessoal da dupla, pois compõem o circuito.”

Um maior conhecimento do público apagará a imagem distorcida que estes possuem do resto do circuito. O foco exagerado em Nadal e Federer, por exemplo, acaba direcionando a visão do esporte apenas para um seleto grupo de atletas, limitando ou até mesmo diminuindo o interesse do público em geral. É comum escutarmos que a qualidade de jogo fora do top 10 de simples e nas duplas é muito abaixo e que não é interessante ou não vale a pena prestar atenção, já que o parâmetro do público são as derrotas que os outros tenistas sofreram para os principais figurões.

Outro ponto importante e levantado por Marcelo Melo é a questão da organização dos torneios. Uma simples montagem de programação pode fazer uma grande diferença a longo prazo. “Eu acho que os torneios podem ajudar muito mais, especialmente na promoção das duplas‎. Algumas vezes o torneio tem duplas entre as 5 melhores do mundo e não promove para o público. Quando acontece a promoção das duplas, como no caso do torneio de Auckland, em que todos os dias tem uma dupla na quadra central, os jogos ficam cheios. O público gosta de assistir duplas, porém precisam organizar bem na hora de programar”, opinou o mineiro.

O caso de Auckland é interessante. A presença de um jogo de duplas todos os dias e no horário nobre virou tradição e atração no torneio, sendo abraçada pelo público local, que adquiriu a cultura de assistir as duplas. Esta cultura, aliás, mostra-se essencial, sendo ela já presente, como é visto nos Estados Unidos, ou sendo adquirida, como no Brasil, em que seus melhores resultados se apresentam nas duplas. Bruno comentou o caso: “A organização influencia sim, tem alguns lugares em que o público local gosta de duplas, como é o caso de Auckland, que coloca duplas no horário noturno, antes de simples, está sempre cheio. Nos EUA também, vai de cada lugar. Tem torneio que não gosta. O Finals também ficou bacana, com duplas seguido de simples em cada sessão, isso ajuda a ficar sempre cheio.”

Londres está sendo o maior exemplo disso. Adotando a mesma estratégia de Auckland, com a disposição da programação apresentando as duplas antes de simples, o último torneio do ano, disputado nesta semana, tornou-se um palco de promoção do esporte. O público geral do tênis, com acesso a todas as partidas de duplas na internet e na televisão, pareceu surpreso com a qualidade de jogo. Com a acessibilidade e o poder de escolha, o público mostrou-se curioso e interessado em acompanhar mais o circuito, uma vez que as partidas apresentaram uma maior agilidade e qualidade quando comparado com simples.
[tweet https://twitter.com/ESPNTennis/status/532552691680292867]

A questão da transmissão continua de pé. A dinamicidade do jogo mudou e foi alterada com a implementação de encurtadores de partida, como o match tie-break e o ponto decisivo. Apesar da duração raramente passar de 1h20, o que beneficia os canais de televisão, a transmissão continua inexistente. Isso, é claro, envolve uma parte burocrática nos bastidores, já que as transmissões televisivas e online foram terceirizadas pela ATP, sendo de posse de uma empresa independente.

Mas, como aponta Bruno Soares, o problema também assombra o resto do circuito: “Se você parar pra pensar, o único local que tem cobertura mesmo é a quadra central. É a única quadra que, em todos os torneios, você vai ter certeza que terá transmissão.” Todos são afetados diretamente com a falta de atenção para as quadras secundárias. Sem a cobertura necessária, tenistas como Thomaz Bellucci podem ser mal vistos. “No fim do ano, a pessoa que vê esses caras do nível do Thomaz e do Nieminen perdendo acaba pensa algo que não é verdade. Ela vai e pensa ‘pô, sempre me dizem que o Thomaz e o Nieminen são grandes jogadores, mas eles só perdem’. Aí nos outros 50 jogos do ano em que o cara joga bem ninguém transmitiu e ninguém está sabendo”, completa o mineiro.

Câmeras em todas as quadras resolveria boa parte do ponto apresentado acima. Apesar da maioria dos torneios possuírem três ou quatro quadras, o que é pouco e aparentemente fácil de resolver, contratos, altos cargos e os demais problemas legais mais uma vez aterrorizam o circuito.

Enquanto os tenistas, o conselho e os fãs tentam remar contra a maré, a papelada continua impedindo o progresso no âmbito internacional, mas com pequenas brechas como as que acontecem no Finals, as duplas sobem no maior palco do tênis e aproveitam cada minuto de seu show, reconstruindo sua história e atraindo novos aliados.

Um dia na vida dos Bryan

A New York Magazine, uma das revistas mais prestigiadas nos Estados Unidos, publicou um artigo em sua última edição de como é um dia na vida de Bob e Mike Bryan na seção ‘Life in Pictures’ e você pode conferir a tradução aqui, no Match Tie-Break. A versão em inglês pode ser vista aqui.

Na esquerda, Bob Bryan, canhoto, sacando a 212 km/h. Na direita, Mike Bryan, destro, sacando a 201 km/h. Mike: A qualidade do jogo de duplas está mais forte do que nunca. Todos os tenistas de simples estão jogando duplas em um monte de torneios. Seria ótimo se esses times fossem fixos, que nem Bob e eu, porque assim os fãs podem acompanhá-los por anos. (Foto: Mark Peterson/Redux Pictures)
Na esquerda, Bob Bryan, canhoto, sacando a 212 km/h. Na direita, Mike Bryan, destro, sacando a 201 km/h. Mike: A qualidade do jogo de duplas está mais forte do que nunca. Todos os tenistas de simples estão jogando duplas em um monte de torneios. Seria ótimo se esses times fossem fixos, que nem Bob e eu, porque assim os fãs podem acompanhá-los por anos. (Fotos: Mark Peterson/Redux Pictures)

Para a última edição do ‘Life in Pictures’, o fotógrafo Mark Peterson seguiu os gêmeos-espelho -Bob é canhoto, Mike é destro-, enquanto jogavam para a caridade antes de conquistarem o título de número 99 da carreira em Cincinnati. Os gêmeos buscam o centésimo título no US Open. Confira abaixo os rituais de partida, descubra qual deles gosta de novas tecnologias e o porquê de darem as mãos enquanto ganham.

Os irmãos Bryan são gêmeos idênticos. Robert Charles "Bob" Bryan e Michael Carl "Mike" Bryan, duplistas profissionais americanos, nasceram em 29 de Abril de 1978, com Mike sendo dois minutos mais velho. Bob está com sua esposa e seus dois filhos e veste uma camiseta escura na manhã. Mike veste uma camiseta clara e uma camiseta do time de rugby de Stanford no show. Mike protege três de seus dedos com fita.
Os irmãos Bryan são gêmeos idênticos. Robert Charles “Bob” Bryan e Michael Carl “Mike” Bryan, duplistas profissionais americanos, nasceram em 29 de Abril de 1978, com Mike sendo dois minutos mais velho. Bob está com sua esposa e seus dois filhos e veste uma camiseta escura pela manhã. Mike veste uma camiseta clara e uma camiseta do time de rugby de Stanford no show. Mike protege três de seus dedos com fita.

8h47, Bob: Nosso quarto estava uma bagunça. Minha filha Micaela tem uma conta no twitter com 13 mil seguidores. Todos os jogadores sabem quem ela é. As melhores fotos são as com Novak Djokovic.

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9h21, Mike: Quando viramos profissionais, nós compramos uma casa juntos. Nós vivíamos juntos mas, quando nos casamos, tivemos que nos separar. Ele mora em Miami (a família de sua esposa é cubana) e eu em Tampa.

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10h14, Bob: Era o primeiro dia do torneio de duplas, mas nós tivemos um dia de folga. Nós tentamos nos acostumar com o encordoamento, as bolas, as quadras e ao clima. Nós gastamos certa de 15 a 20 mil dólares em encordoamento todos os anos.

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11h16, Bob: Mike fica com bolhas nas mãos se não as protege com fita. Nós precisamos nos aquecer mais do que precisávamos antigamente. Alguns anos atrás, eu seguia a dieta sem glúten que nem o Mike, mas assim que ganhamos um torneio, comi um waffle gigantesco.

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12h07, Mike (à esquerda): Nós estamos indo para um evento de caridade e o nosso pai será o mestre de cerimônia. Bob diz que ele é o melhor motorista. Nós dividíamos uma Mercedes e eu a destruí. Bob: Eu sou o melhor motorista.

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12h30, Mike: Bob gosta de desenhar, o seu autógrafo é bem artístico. Ele faz dois Bs e desenha uma linha em cima, dedicando um boooom tempo enquanto autografa para os fãs. Bob: Meu autógrafo demora meio segundo a mais que o dele.

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13h11, Mike: Nós derrotamos a outra equipe na partida de caridade, então fizemos a nossa comemoração padrão, o chest bump, com quatro pessoas, junto a Rohan Bopanna e Aisam-ul-Haq Qureshi, um time formado por um indiano e um paquistanês: o Indo-Pak Express.

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13h43, Bob: Segurar as mãos quando estamos ganhando em exibições é um showzinho que meu pai nos fez fazer por anos. Meu pai tem dessas brincadeiras, nós as chamamos de ‘dog-and-pony show’*.
*Expressão utilizada para uma atividade feita para impressionar e chamar a atenção do público

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16h35, Bob: Essa foi uma clínica com dois grupos de 30 pessoas que puderam jogar conosco por 45 minutos. Nós apenas nos sentamos e jogamos contra eles. Foi um dia tão longo. Nós suamos muito e algumas pessoas nos derrotaram.

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20h25, Mike (na foto): Nós tocamos com 10 caras em um palco para um evento de caridade. Bob: Nós tocamos muito bem juntos, o que com certeza tem a ver com sermos gêmeos. Algumas vezes isso acontece em quadra.

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22h, Mike: Sou fascinado por novas tecnologias que podem dar um porcento de vantagem. Isso é a Juvent e me disseram que ajuda a aumentar a densidade óssea. Bob não testa nada que seja louco assim. Bob: Começarei a frequentar a lojinha de produtos bizarros do Mike antes das partidas.

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22h05, Mike (à direita): Antes de irmos para os jogos, nós normalmente comemos ‘chicken-burrito bowls’, algumas vezes até duas vezes por dias. A Chipotles tem lojas em todos os lugares, até perto de Wimbledon.

Sobre ATP, transmissão de jogos e a eterna frustração

A frustração com a falta de transmissão de jogos de duplas continua. O assunto mais discutido deste espaço voltou com o de sempre: explicações, reclamações e nenhuma solução.

Vamos pelo começo. As categorias que mais sofrem com a falta de transmissão são os ATP 500 e Masters 1000. Os 500 acabam tendo a transmissão restrita aos países em que os torneios são disputados e apenas se a emissora oficial demonstrar interesse, como vimos no Rio de Janeiro com o Sportv. Na internet, a TennisTv também fica sem os direitos televisivos.

E os Masters 1000, então? Que drama. São os torneios em que o pessoal de simples mais comparece na chave de duplas, o que alavanca o interesse do público em assistir as partidas dos grandes nomes do circuito em parcerias inusitadas. Nos torneios, as arquibancadas lotam para ver Djokovic e Wawrinka em ação. E em casa? Bem, em casa a gente assiste uma telinha preta com os nomes ‘Djokovic’ e ‘Wawrinka’ e o placar do lado, e reclamamos nas redes sociais, sem sucesso. Sim, ele, o livescore. O eterno companheiro durante toda a temporada, já que só podemos assistir duplas nos Grand Slams e alguns 250. Estes últimos estão sofrendo com os cortes de transmissão também, diferente de alguns anos atrás, nos quais era possível ver qualquer partida em quadras com transmissão.

Temos câmeras nas quadras, partidas nestas mesmas quadras, interesse das pessoas que estão em casa e ainda sim não é digno de transmissão. As câmeras são desligadas e cobertas. Grandes nomes, grandes partidas, grande público e pequena força de vontade demonstrada pela ATP. O engraçado é que a própria ATP revolucionou todo o formato das duplas com o discurso de que encurtando a duração das partidas faria com que o número de transmissões e de interessados aumentasse. Também prometeram uma divulgação melhor dos duplistas, com mais notícias no site. Só que desde que isso aconteceu, as transmissões ficaram cada vez mais escassas e a divulgação continuou a mesma, quase como políticos em campanha, com muitas promessas e nenhuma resolução após a eleição neste pequeno país chamado duplas. O público estagnou, já que não tem o que assistir ou como poder conhecer um pouco mais dos grandes duplistas. Uma grande e desastrosa bola de neve continua rolando ladeira abaixo, sem previsão de fim.

É importante lembrar que nós tentamos chamar a atenção da ATP com o abaixo-assinado, também sem sucesso. A repercussão foi mundial e contamos com o apoio de vários tenistas. Os próprios tenistas, aliás, continuam insatisfeitos com essa falta de acessibilidade e de divulgação e voltamos à estaca zero, de muitos negativos e poucos positivos.

Assim, as duplas estão vivendo em uma bolha, num mundo isolado do tênis com holofotes. Impossibilitado de crescer, sem um marketing bem feito e sem oferecer ao possível novo público um bom material, como transmissões de partidas e notícias nos grandes sites, fica a sensação de impotência. O público reclama, os tenistas reclamam e nada acontece. Todos são ignorados e a bolinha continua rolando longe dos nossos olhos, sabe-se lá até quando.

Opinião dos tenistas
Marcelo Melo: Hoje as simples tem uma mercado muito maior que as duplas, maioria dos jogos são transmitidos, etc. Com isso, a prioridade na programação acaba sendo das simples. Mesmo assim ainda vejo um interesse grande do público para assistir as duplas, acontece várias vezes da quadra ficar cheia quando uma dupla e programada em um horário nobre na quadra central. Eu acho que os torneios podem ajudar muito mais, especialmente na promoção das duplas‎. Algumas vezes o torneio tem duplas entre as 5 melhores do mundo e não promove para o público. Quando acontece a promoção das duplas, como no caso do torneio de Auckland, em que todos os dias tem uma dupla na quadra central, os jogos ficam cheios. O público gosta de assistir duplas, porém precisam organizar bem na hora de programar.

Bruno Soares: O reconhecimento do público mudou, principalmente no Brasil, está maior. Raramente eu era parado na rua e de uns tempos pra cá aumentou. Obviamente não sou um Guga, que era uma loucura por onde passava, mas mudou sim. Um cara reconhece e vem dar os parabéns e nos torneios aqui no Brasil, que é um ambiente com pessoas que gostam de tênis, acaba sendo maior.

É, estamos (conselho de jogadores) indo. É uma briga constante com a ATP pelo formato de como as coisas funcionam e de como as decisões são tomadas, porque tem também o conselho de diretores, então não depende só da gente.

A organização influencia sim, tem alguns lugares em que o público local gosta de duplas, como é o caso de Auckland, que coloca duplas no horário noturno, antes de simples, está sempre cheio. Nos EUA também, vai de cada lugar. Tem torneio que não gosta. Com o Kermode, o Finals no O2 ficou bacana, com duplas seguido de simples em cada sessão, isso ajuda e fica sempre cheio.

A promoção do esporte e dos jogadores é essencial. O público se identifica com as duplas, é mais praticado nos clubes. Nos EUA, com os Bryans, a quadra está sempre cheia. No Brasil, quando eu e o Marcelo estamos jogando, fica sempre cheio também. Com uma promoção global e maior, as pessoas vão passar a conhecer, se identificar e acompanhar muito mais as duplas.

O marketing está melhorando. Não só na dupla, mas em simples também, de maneira geral mesmo. Eles promovem mais os jogadores no top 4 e top 10. O resto fica muito pra trás, obviamente tem que ter uma atenção maior no top 4, já que atraem e levam coisas boas pro esporte, mas eu acho que tem que ter uma promoção dos jogadores de menos destaque, que não tem um ranking alto mas estão no top 50, e o pessoal da dupla, pois compõem o circuito. Isso está mudando muito, o conselho está batendo nessa tecla, mas demora para mudar

Transmissão é realmente o que a gente está batendo muito na tecla com o pessoal do conselho, justamente isso. Foram fechados alguns contratos da ATP com empresas para venda de transmissões. Nesses contratos, antigamente, a parte de tv era muito maior do que na parte de internet, porque esse negócio de internet é muito recente, agora a cultura mudou. Hoje, o pessoal diz que a dupla não tem muita cobertura, mas se parar para pensar, o único local que tem cobertura mesmo é a quadra central. É a única quadra que em todos os torneios você vai ter certeza que terá transmissão. De todas as partidas que tem, você tá mostrando só a quadra central. A dupla só vai entrar ali na final, eventualmente numa semi. Em simples, você pega e assiste só o que acontece na central, praticamente. E isso pro esporte é muito ruim, a tv quando compra o direito de transmitir o torneio, como ela tem um público mais geral, ela vai querer mostrar os maiores jogadores, como Nadal e Federer. Mas acho que o fã tem que ter o direito de escolher o que ele quer assistir, e aí entra a plataforma da internet, o tennis tv, e você tem que ter a opção de escolha, mas não acontece. No simples também é assim, quantos jogos do Thomaz (Bellucci) você viu esse ano? Quase nada. Só passa jogos dele quando joga na central e isso é ruim. Porque você vai lá na televisão e só vê quando ele está na central. Numa semana você vê Thomaz Bellucci contra Berdych, aí ele perde. Daí dá três semanas e ele enfrenta o Nadal, perde de novo. Quando o Bellucci finalmente aparece na televisão, ele perde. No fim do ano, a pessoa que acompanha e vê esses caras do nível do Thomaz e do (Jarkko) Nieminen perdendo, elas pensam algo que não é. Ela vai e pensa ‘pô, sempre me dizem que o Thomaz e o Nieminen são grandes jogadores, mas eles só perdem”. Aí os outros 50 jogos do ano em que o cara joga bem ninguém transmitiu e ninguém está sabendo. O problema é bem maior, pensa que nas primeiras rodadas não dá para acompanhar praticamente nada. As duplas se encaixam aí. A partir do momento em que você consegue cobrir todas as quadras, o que não é uma coisa difícil, dá para fazer em todos os torneios. Cada torneio da semana tem três quadras, são só três quadras, não é difícil dar opção para o pessoal. A pessoa que comprou os direitos seleciona o que ela quer passar e isso não é certo. É difícil mudar porque envolve direitos de imagem, contratos e muita coisa do meio legal, tem que ser renegociado mas nós, do conselho, estamos tentando.

Townsend joga sozinha contra dupla adversária no WTT

Taylor Townsend foi protagonista de uma cena bizarra no World Team Tennis, tradicional torneio americano por equipes. Townsend, de 18 anos e integrante dos Philadelphia Freedoms, time que também contou com Marcelo Melo, estava jogando o set de duplas femininas com sua compatriota Liezel Huber contra Martina Hingis e Anastasia Rodionova dos Washington Kastles quando, sem querer, acertou um forehand na cabeça de Huber.

A experiente americana tentou continuar na partida, porém percebeu que não era possível e precisou abandonar. Sem substitutos na equipe, Townsend continuou a partida sozinha e como as regras do tênis não permitem a troca de lado entre recebedores, Taylor não poderia devolver os saques disparados no lado da quadra onde Huber estaria recebendo, facilitando ainda mais a vitória de Hingis e Rodionova. Confiram o vídeo da cena.

[youtube https://www.youtube.com/watch?v=1ye5oFVIHgI]

“Ih, olha o que ele fez”

Bom, passei os últimos dias transferindo vídeos de pontos e partidas de duplas que tenho em um computador antigo para outro local, resolvi dar uma olhadinha em alguns e gente, que pontos incríveis. Separei os mais bacanas para vocês verem e sei que a qualidade de alguns está lamentável, mas dá pra curtir.

Eltingh/Haarhuis x Connell/Galbraith (Finals 1995)
Precisava começar esta lista com esta partida. Os três pontos abaixo foram na final do ATP Championships, o Finals da época. Simplesmente sensacional.

Lindstedt/Söderling x Tursunov/Youzhny (Dusseldorf 2008)
Claro que este ponto está aqui de forma totalmente isenta, afinal veio de uma dupla qualquer e de gente que nem gosto. #isenção #reparemnacaradoTursunov

Bryan/Bryan x Melzer/Petzschner (Finals 2011)
Lob de tweener do Bob. Eu largava a raquete e ia embora.

Kulti/Larsson x McEnroe/Palmer (US Open 1994)
Ah, Suécia. Sempre soberana.

Bryan/Bryan x Paes/Zimonjic (Finals 2005)
Na fase de grupos do Masters Cup, também equivalente ao Finals de hoje.

Bryan/Bryan x Damm/Paes (Australian Open 2006)
Foi bem ruim essa final, viu? SÓ QUE NÃO. *atenção pra refugada Baloubet du Rouet na comemoração dos Bryan*

Djokovic/Murray x Stakhovsky/Youzhny (Miami 2011)
É isso o que acontece quando você junta Djokovic e Murray num mesmo lado da rede.

Dolgopolov/Malisse x Federer/Wawrinka (Indian Wells 2011)
Dolgo CASUALMENTE salvando o smash.

Melo/Soares x Bryan/Bryan (Copa Davis 2013)
Não poderia terminar essa lista de outra forma.

Não, os Bryan não estão em crise

A final de Wimbledon foi uma das mais emocionantes e disputadas dos últimos anos. Os gêmeos Bob e Mike Bryan foram derrotados pelos jovens Jack Sock e Vasek Pospisil em cinco sets, sendo altamente comentado pelas redes sociais. Porém, a maioria dos comentários continham o mesmo conteúdo: estariam os Bryan em crise? Acabou o reinado dos Bryan? A resposta é simples: não.

Não há crise. Eles são a melhor dupla da história? Sim. Porém a imagem que a maioria das pessoas possuem dos dois é aquela do atípico ano passado, dominando quase que completamente o circuito. Bob e Mike conquistaram três dos quatro slams do ano, algo que não acontecia desde 1991 com Fitzgerald e Järryd, além de outros oito títulos, que incluem cinco Masters 1000, e quatro finais. 2013 foi um ano fantástico na carreira de ambos e todos, inclusive eles, admitem que foi algo fora do padrão. Absurdo. Inconcebível. Atípico.

Houve, sim, uma queda de rendimento agora, o que é um tanto quanto comum, visto que é praticamente impossível manter um altíssimo e atípico nível por muito tempo. Essa queda, aliás, aconteceu pela terceira vez na carreira dos gêmeos. Em 2007 e 2010 a dupla apresentou um ótimo rendimento, conquistando 11 títulos em cada uma das temporadas, assim como em 2013, e, no ano seguinte, ganharam menos títulos. Simplesmente acontece, uma hora ou outra.

Aliás, quisera eu estar em “crise” e, mesmo assim, ser a dupla com mais títulos e mais pontos acumulados na temporada. Não há motivo de pânico, não há porque questionar e muito menos especular. 2013 foi sensacional e não deve usado como comparação, simples assim.

Nestor/Zimonjic, Bryans e o saibro

Ao anunciar a retomada da parceria no ano passado, Nestor, em entrevista ao canadense Globe and Mail, disse que seria injusto não tentar mais uma vez, visto que ele e Zimonjic tiveram muito sucesso no passado. “Nós nos entendemos muito bem, temos um ponto de vista semelhante e um estilo de jogo bem agressivo, o que complementa muito bem um ao outro,” declarou.

Daniel Nestor, que está há 24 anos na tour, o único duplista a atingir a marca de 900 vitórias e considerado por muitos de seus companheiros de profissão como o melhor duplista da história, estava animado com o retorno: “Nós retomamos a parceria porque, no passado, conseguimos lutar de igual para igual com os Bryan, chegamos ao posto de número 1 do mundo e tivemos três anos fantásticos. É por isso que nós voltamos.”

Os Bryan são o objetivo de qualquer time. Igualá-los. Vencê-los. Jogar de igual para igual. É impossível para a maioria dos times, menos para Nestor e Zimonjic. O canadense e o sérvio conseguiram feitos incríveis nos três anos em que atuaram juntos e parecem ter voltado àquela mesma forma mais uma vez. Os dois possuem 11 vitórias e 7 derrotas contra os gêmeos, uma superioridade rara no tênis, visto que pouquíssimos times possuem uma considerável vantagem no confronto direto contra os Bryan. Destes 18 encontros, 15 foram finais e apenas 6 foram a favor dos gêmeos. Os outros 3 confrontos foram em semifinais, com duas vitórias de Nestor/Zimonjic. Este aproveitamento, aliás, é o maior de um time contra os Bryans. Em 2014, os números mostram uma possível caminhada que segue os passos do passado, sendo duas vitórias em Madri e Roma e uma derrota. 

Agora, na temporada de saibro, a dominância de Nestor e Zimonjic é ainda mais clara. Nos três anos ativos como dupla e neste início de ano, o time possui quase 86% de aproveitamento, com apenas 10 derrotas no piso. Os Bryan possuem 222 vitórias e 64 derrotas no saibro em toda a sua carreiro, sendo 77,6% de aproveitamento. Vejam os dados de Nestor/Zimonjic detalhados abaixo:

Carreira: 202 vitórias, 63 derrotas
Saibro – 62 vitórias, 10 derrotas = 86,1%
Hard – 72 vitórias, 37 derrotas = 69,2%
Hard indoor – 31 vitórias, 11 derrotas = 73,8%
Grama – 19 vitórias, 3 derrotas = 86,3%
Carpete – 7 vitórias, 1 derrota =87,5%

2014 – 28 vitórias, 7 derrotas
13/2 – saibro = 86,6%
14/4 – hard = 77%
1/1 – hard (indoor) = 50%

2012 – 4 vitórias
4/0 – hard (indoor) = 100%

2010 – 57 vitórias, 19 derrotas
16/3 – hard (indoor) = 84,2%
21/12 – hard = 63,6%
3/2 – grama = 60%
17/2 – saibro = 89,4%

2009 – 57 vitórias, 17 derrotas
13/3 – hard (indoor) = 81,25%
18/11 – hard = 62%
6/1 – grama = 85,7%
20/2 – saibro = 90,9%

2008 – 47 vitórias, 17 derrotas
7/5 – hard (indoor) = 53,3%
18/8 – hard = 75%
10/0 – grama = 100%
12/4 – saibro = 75%

2007 – 8 vitórias, 3 derrotas
1/2 – hard (indoor) = 33,3%
7/1 – carpete = 87,5%

Restringindo apenas à participação das duas duplas em Roland Garros, temos Bryans com 52 vitórias e 13 derrotas em 15 aparições, enquanto Nestor/Zimonjic apresentaram 15 vitórias e 2 derrotas em 3 aparições. Roland Garros, aliás, é o slam em que os gêmeos possuem menos títulos, dois: o primeiro em 2003 e o último 10 anos depois, em 2013. Sendo assim, há de concordar que as chances de quaisquer outras duplas acabam aumentando. Max Mirnyi e Daniel Nestor, por exemplo, aproveitaram este hiato de 10 anos conquistando quatro títulos cada na capital francesa. 

Obviamente o período de atividade dos Bryan juntos é maior do que o de Nestor e Zimonjic como um time. Assim, vamos comparar o mesmo período de ambos os times, também no saibro:
2008 – Bryans: 2 títulos, 15 vitórias e 3 derrotas em 5 torneios. Nestor/Zimonjic: 1 título, 12 vitórias e 4 derrotas em 5 torneios.
2009 – Bryans: 1 título, 16 vitórias e 6 derrotas em 7 torneios. Nestor/Zimonjic: 4 títulos, 20 vitórias e 2 derrotas em 6 torneios. Observação: Nestor/Zimonjic venceram os Bryans duas vezes no saibro neste ano.
2010 – Bryans: 3 títulos, 18 vitórias e 3 derrotas em 7 torneios. Nestor/Zimonjic: 3 títulos, 17 vitórias e 2 derrotas em 5 torneios. 
2014 – Bryans: 2 títulos, 13 vitórias e 2 derrotas  em 4 torneios. Nestor/Zimonjic: 2 títulos, 13 vitórias e 2 derrotas em 4 torneios. Observação: Nestor/Zimonjic venceram os Bryans duas vezes no saibro neste ano e perderam uma. 

Total
Bryan/Bryan: 7 títulos, 62 vitórias e 14 derrotas em 23 torneios
Nestor/Zimonjic: 10 títulos, 62 vitórias e 10 vitórias em 20 torneios

Todos números indicam uma leve vantagem para Nestor/Zimonjic. Após a final em Madri, Nestor comentou um pouco sobre a rivalidade. “Parece que contra os Bryan nós conseguimos jogar o nosso melhor quando realmente precisamos. Hoje, nós conseguimos uma vantagem no início do jogo, esse é o segredo,” declarou. O canadense, em Roma, também ressaltou a confiança que os resultados recentes promoveram: “Essa é a melhor situação para estar antes de um grand slam. Nós estamos com a confiança alta e conseguimos jogar quatro partidas incríveis aqui em Roma. É um ótimo sinal.”

O sinal parece estar verde para o canadense e o sérvio, mas quando se trata dos Bryan, quanto maior o desafio, maior a luta. Os times nunca se enfrentaram em Roland Garros e este duelo inédito poderá acontecer em uma provável semifinal, mas para isso, ambos precisarão enfrentar outras duplas tão motivadas a vencer quanto eles. É interessante ver boas rivalidades e os próximos dias prometem muita emoção.